Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

CUT decide apoiar candidatura de Lula

CUT decide apoiar a candidatura de Lula para reverter medidas nefastas

Reunida em Brasília, nos dias 28 e 29, a direção nacional da CUT decidiu apoiar a candidatura do ex-presidente Lula nas eleições deste ano.

Na resolução divulgada nesta sexta-feira (31), a Central afirmou que diante dos desafios atuais, é preciso mobilizar todos os trabalhadores e trabalhadoras para esta que é “a eleição de nossas vidas, aquela em que vamos travar uma batalha decisiva para impedir a consumação do golpe iniciado com o impeachment da presidenta Dilma”.

Entre os desafios a vencer, a resolução cita a reforma Trabalhista, que acabou com mais de 100 itens da CLT, o recorde de desemprego, o congelamento dos gastos públicos, em especial saúde e educação por 20 anos, e o programa de privatização do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP).

“Apoiamos a candidatura de Lula porque acreditamos no seu compromisso com a convocação de uma Assembleia Constituinte com o objetivo de revogar as medidas nefastas do governo golpista e de implementar as reformas estruturais necessárias ao resgate da democracia e ao fortalecimento da soberania nacional, criando condições para um novo ciclo de desenvolvimento, sustentável e com inclusão social, que atenda as demandas colocadas na Plataforma da CUT para as Eleições 2018”, diz trecho da resolução.

Leia a íntegra:

Resolução

Lula livre! Lula candidato! Lula presidente!

A CUT reuniu sua direção nacional em Brasília, nos dias 28 e 29 de agosto, para comemorar os trinta e cinco anos de sua trajetória de organização e luta e deliberar sobre as ações prioritárias diante dos desafios colocados pela conjuntura.

Vivemos um momento crucial de nossa história, quando a classe trabalhadora se mobiliza para decidir, nas próximas eleições, os rumos da sociedade brasileira.  Não é uma eleição qualquer, mas a eleição de nossas vidas, aquela em que vamos travar uma batalha decisiva para impedir a consumação do golpe iniciado com o impeachment da Presidenta Dilma.

Os golpistas que tomaram de assalto o poder implementaram uma agenda nefasta aos interesses da classe trabalhadora e do povo brasileiro, suprimindo direitos (reforma trabalhista),  reduzindo o investimento público em áreas essenciais como a saúde, a educação e infraestrutura (EC95), privatizando empresas públicas e entregando nossas riquezas à exploração de empresas estrangeiras.

No lugar da promessa de retomada do crescimento e da geração de empregosentregaram uma economia estagnada, com a maior taxa de desemprego das últimas décadas (12,3%); criminalizaram os movimentos sociais e tentaram ferir de morte o movimento sindical para que não houvesse resistência; relegaram cerca de trinta milhões de brasileiros à condição de desalento, precarizaram o trabalho e nada fazem contra a violência que extermina a vida de negros, em sua maioria jovens, nas periferias das grandes cidades; aumentaram as desigualdades sociais que atingem milhões de pessoas, principalmente as mulheres, em especial as mulheres negras;  concentraram a riqueza nas mão de uma pequena minoria, enquanto desmontam a rede de proteção social construída por décadas de lutas populares e fortalecida nos anos de governo petista; aumentaram a pobreza, colocando o Brasil novamente no mapa da fome e permitindo o ressurgimento de doenças que há décadas haviam sido eliminadas de nosso território.

Imaginaram que consolidariam o golpe com a prisão de Lula. Como preso político, Lula tornou-se a maior liderança do País, determinando os rumos das eleições. O grito por Lula livre tornou-se o marco da resistência e da luta pela democracia no Brasil, ideia que repercute em todo mundo, apoiada pelo movimento sindical internacional, por intelectuais e juristas de renome, por políticos estadistas comprometidos com os ideais democráticos. De todos os cantos vem o recado que engrossa nossa voz: Lula tem o direito de concorrer às eleições, sua condenação foi arbitrária e injusta e sua prisão é ilegal.

A mais forte reação internacional aos golpistas veio Comitê de Direitos Humanos da ONU, ao requerer do Estado brasileiro a garantia do direito político do ex-presidente de concorrer às eleições. Não atender a este requerimento, nem ao clamor da maioria da população que já manifestou sua intenção de votar em Lula, é desrespeitar direitos civis e políticos fundamentais,mantê-lo na condição de preso político e constranger o Brasil internacionalmente. Só teremos eleições verdadeiramente democráticas se for respeitada a soberania popular na escolha de quem e qual projeto irá dirigir o destino do País nos próximos anos.

São as eleições em que estamos convocados a derrotar o golpismo e mudar a história do País. A Direção Nacional da CUT decidiu, por esses motivos, apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

Apoiamos ainda a candidatura de Lula porque acreditamos no seu compromisso com a convocação de uma Assembleia Constituinte com o objetivo de revogar as medidas nefastas do governo golpista e de implementar as reformas estruturais necessárias ao resgate da democracia e ao fortalecimento da soberania nacional, criando condições para um novo ciclo de desenvolvimento, sustentável e com inclusão social, que atenda as demandas colocadas na Plataforma da CUT para as Eleições 2018.

A Direção Nacional deliberou ainda autorizar a Direção Executiva a convocar o 13º CONCUT, não sendo possível realizar a DN no final do ano, e realizar a 4ª Conferência Nacional de Formação da CUT.

Direção Nacional da CUT

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo