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Câmara pode dar nome de Dom Paulo à Pça da Sé

Câmara Municipal pode dar nome de Dom Paulo à Praça da Sé

O cardeal em celebração na Sé: identificação com a história do Brasil e a defesa dos direitos humanos A Câmara Municipal paulistana está prestes a aprovar projeto que acrescenta o nome de Dom Paulo Evaristo Arns à Praça da Sé. O PL 2, de janeiro, foi aprovado nesta semana em primeira votação. O cardeal-arcebispo morreu há um ano, em 14 de dezembro. 

O vereador Eduardo Suplicy (PT) acredita que a proposta deve ser apreciada até a próxima terça-feira (19). “A Praça da Sé tem muito a ver com a história de São Paulo e do Brasil, e ele era um grande batalhador pela democracia e pelos direitos humanos”, afirma Suplicy, que também assina o projeto, apresentado originalmente por Arselino Tatto, do mesmo partido. Certa demora na tramitação, acredita, deve-se ao fato de o Parlamento ter dado prioridade a projetos do Executivo, para só depois apreciar propostas dos vereadores.

Ele fez menção ao documentário Coragem – As muitas vidas do cardeal Dom Paulo Evaristo, do jornalista Ricardo Carvalho, que entrou em cartaz  no último 14 de dezembro. Suplicy esteve na pré-estreia, na última segunda-feira. E cita também a biografia Dom Paulo – Um homem amado e perseguido, de Evanize Sydow e Marilda Ferri, relançado ontem. “Se precisar de uma justificativa (para a aprovação), basta ver aquele filme e ler a história.”

O vereador e ex-senador concorda com a afirmação, feita no documentário, de que a ditadura “começou a cair” na missa em memória do jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, morto sob tortura em 1975. A missa foi celebrada justamente na Catedral da Sé, por Dom Paulo, ao lado do rabino Henry Sobel e do pastor presbiteriano Jaime Wright. “Eu estava lá. Foi algo historicamente muito importante para o Brasil”, lembra.

Também na Sé foi celebrada missa pelo estudante Alexandre Vannucchi Leme, assassinado em 1973. E para lá, vindo da Igreja da Consolação, foi levado o corpo do operário Santo Dias da Silva, alvejado por um tiro de policial durante piquete de metalúrgicos em 1979.

Na Comissão de Constituição e Justiça, o projeto, que teve Sandra Tadeu (DEM) como relatora, foi aprovado por unanimidade. Posteriormente, em parecer conjunto das comissões de Política Urbana, Educação e Finanças, também teve aprovação de todos os parlamentares. Na primeira deliberação em plenário, na última segunda-feira (11), a votação foi simbólica – mesmo assim, teve um posicionamento contrário, de Fernando Holiday (DEM).

Nascido em 1921 em Forquilhinha (SC), Arns foi ordenado em 1945 e designado bispo auxiliar em São Paulo em 1966. Cardeal desde 1973 (Papa Paulo VI), tornou-se arcebispo metropolitano em 1970, até 22 de maio de 1998.

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