O jornalista Bruno Favoretto, ex-funcionário da Editora Abril, destaca a arbitrariedade da empresa ao convocar o presidente do Sindicato, Paulo Zocchi, para retornar ao trabalho.
O ex-funcionário da Abril destacou que Paulo Zocchi “tem inúmeras incumbências importantes no estado inteiro de apoiar o trabalhador e eu sou um exemplo disso porque depois de 12 anos na Editora Abril, a empresa fechou a revista e deu um cano em todo mundo e não pagou milhares de funcionários e se não fosse, por exemplo, a atuação do Paulo, isenta, no Sindicato, eu não teria conseguido receber o mínimo possível que a família Civitta levou da gente e dos trabalhadores”.
O depoimento do jornalista integra as ações da campanha #AbrilRespeiteoSindicato, que reivindica a manutenção da liberação do jornalista Paulo Zocchi para o exercício do mandato sindical, sem prejuízo de vencimentos e direitos, até o fim do atual mandato em agosto de 2021. A editora Abril convocou o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Paulo Zocchi, a voltar ao trabalho na empresa a partir do último dia 30 de outubro, encerrando cinco anos de liberação sindical sem prejuízo dos vencimentos, que iniciou em 2015.
Ao convocar Paulo Zocchi de volta ao trabalho, a Editora Abril ataca o exercício do mandato sindical, uma vez que o cumprimento da jornada normal de trabalho impede o desempenho das atividades sindicais no SJSP.
O Sindicato dos Jornalistas é uma entidade de âmbito estadual, que representa uma categoria distribuída em dezenas de empresas. O exercício do mandato de presidente exige uma extensa atuação diária, em reuniões com os jornalistas, negociações com empresas, audiências judiciais ou com o Ministério Público, além de reuniões com outras entidades sindicais ou sociais em defesa dos interesses da categoria.
A própria Abril, aliás, reconhecia isso no acordo de liberação sindical, assinado pelas partes em 2015, no qual está escrito: “Considerando-se a solicitação da entidade sindical para a liberação do empregado para o exercício de suas atividades sindicais em período integral, vez que seriam incompatíveis com a manutenção de suas atividades profissionais na empresa”.
Assista abaixo o depoimento do jornalista Bruno Favoretto.