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“Ato e Canto Pela Vida” terá samba, feijão tropeiro e protesto em defesa do trabalhador

No domingo, 27 de abril, a partir das 11h, mais de 70 entidades sindicais e movimentos sociais se reúnem na Praça Memorial Vladimir Herzog/Espaço Cultural a Céu Aberto Elifas Andreato para a segunda edição do “Ato e Canto Pela Vida”, um encontro de arte, reflexão e solidariedade em memória das vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. O evento integra a programação do movimento cultural “Todo Mundo tem que Falar, Cantar e Comer”, que ocupa o espaço de memória desde 2022 e já realizou mais de 30 edições no local.

Com música ao vivo, apresentações e um almoço solidário preparado pelos Cozinheiros da Liberdade, o encontro chama a atenção para uma realidade alarmante: no Brasil, uma pessoa morre a cada três horas por causas relacionadas ao trabalho, segundo dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho.

Entre 2013 e 2023, foram registrados mais de 6,8 milhões de acidentes de trabalho no país, que causaram quase 1,6 milhão de afastamentos e resultaram em 27.484 mortes, de acordo com a Previdência Social.

Estes dados estão no novo manifesto criado pelas entidades organizadoras que será distribuído durante o ato. Além de denunciar a precarização no local de trabalho, o documento cobra “um efetivo sistema de saúde e segurança, construído com ampla participação dos trabalhadores e trabalhadoras, das entidades sindicais e movimentos sociais”.

Veja o manifesto disponível aqui.

Sobre o grupo musical Inimigos do Batente:

Inimigos do Batente não é um grupo, um conjunto que faz samba. Inimigos do Batente é uma RODA DE SAMBA. Inimigos são os que na roda de samba fazem acontecer uma outra forma de existir e nela se reconhecem. Inimigos não são, pois, somente aqueles que estarão ali sentados, executando o samba. São os que estarão em volta, ouvindo, cantando, dançando, bebendo (sim!), namorando (como não?)… São os que em outro tempo ou lugar estiveram e os que ainda não chegaram – ou não nasceram; mas que juntos, todos, se reúnem em volta do samba que se fará.

Foto por Marcelo Martins.

O batente não é o trabalho, não é a jornada: é tudo o que nos aparta do genuíno trabalho, da boa jornada, do fazer o que nos é dado fazer, de nós mesmos: tudo o que nos oprime. Inimigos do batente são todos aqueles que não se resignam à opressão. Que nessa outra forma de existir, que na roda de samba se torna real e presente, subvertem a ordem do mundo, inclusive – e talvez principalmente – os limites do tempo e do espaço.

Inimigos do Batente é uma ideia e um desejo. Desejo que não se encerra em si mesmo, não se consome: se renova. Ideia que não se encerra em si mesma: se recria. Inimigos do Batente não é um conceito, senão o que se constrói – e segue se construindo – onde e quando a roda de samba acontece.

O samba, oficialmente, tem cento e poucos anos. No entanto, é atemporal, é transcendente. A roda dos Inimigos acontece, ininterruptamente, há 20. Mas invoca e remete sempre a algo anterior, não no sentido do que veio antes, mas daquilo que está sempre… Por detrás! Este tempo é, pois, de celebrar! De pedir licença e agradecer Àquele sem o qual nada se faz, o Mensageiro, o dono do tambor. De louvar e agradecer aos Antepassados que nos legaram o Samba, a voz mais expressiva e poderosa de um jeito de existir que se forjou neste pedaço de chão. De agradecer ao Samba e chamá-lo: que venha! Que se manifeste e exista entre nós no tempo presente e abra os portais do Tempo Maior. Que se deixe fazer. Axé!

Sobre o prato desta edição: Feijão Tropeiro. Texto por Og Doria

O feijão tropeiro é uma comida típica da região Sudeste do país. Ele tem tem origem no ciclo do tropeirismo. Desde o período colonial, os tropeiros eram os responsáveis por transportar mercadorias no lombo de mulas ou de cavalos, por várias regiões do Brasil, e eles criaram diversas refeições para consumir durante as suas longas viagens.

Foto por Og Doria.

No preparo do feijão tropeiro são utilizados ingredientes como feijão, sendo o mais comum o feijão vermelho que possui uma coloração avermelhada e ao ser cozido traz um caldo encorpado. Além do feijão, acrescenta-se também ingredientes como toucinho, linguiça calabresa e outro tipo de carne suína. O começo do preparo se dá pelo cozimento do feijão com líquido (caldo de carnes ou legumes), até o ponto que ele esteja cozido, mas ainda firme. As carnes e gorduras são fritas (linguiça e toucinho); também são adicionados os temperos como salsinha, cebola e alho, para assim ser acrescentado ao feijão e, por fim salpicamos o feijão e as carnes com punhados de farinha de mandioca crua, para o feijão tropeiro ficar pronto

Programação:
11h – Caipirinha de boas-vindas preparada pelo jornalista Sergio Gomes, diretor da OBORÉ
12h – Apresentação musical do grupo “Paulinho Timor e Os Inimigos do Batente”
13h – Ato em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho
13h30 – Almoço no sistema “Quem pode, paga; quem não pode, pega”, com feijão tropeiro assinado pelos “Cozinheiros da Liberdade” – Og Dória, Pola Galé, Ronald Sclavi e Fernando Gomes

Local: Praça Memorial Vladimir Herzog | Rua Santo Antônio, 33-139 – Bela Vista – São Paulo – SP | Ponto de referência: atrás da Câmara Municipal de São Paulo e em frente ao Terminal Bandeira.

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