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Após instauração de inquérito do MPT, jornalistas decidem encerrar greve em A Crítica

Após instauração de inquérito do MPT, jornalistas decidem encerrar greve em A Crítica

Com a retirada da mesa de negociação na última sexta-feira (18/9), a Empresa de Jornais Calderaro Ltda. (Jornal A Crítica, Manaus Hoje e Portal A Crítica) será investigada em inquérito civil instaurado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por atraso no pagamento de salários, férias, não recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e também Previdência Social (INSS), além de manter contratos irregulares com profissionais jornalistas.

A abertura do inquérito se deu após a deflagração de movimento grevista pelos profissionais jornalistas no último dia 7 de setembro e foi encerrado na sexta-feira (18/09) Durante duas semanas de mobilização, 11 jornalistas foram demitidos como forma retaliação. Os trabalhadores reivindicavam pagamento do salário pela jornada de trabalho cumprida. Em alguns casos, o salário não era recebido desde junho.

Os profissionais não demitidos retornaram ao trabalho nesta segunda-feira (21/9), após a empresa se comprometer, perante ao MPT e ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJP/AM), regularizar salários, férias e 13º, num prazo de 60 dias, conforme cronograma entregue na sexta-feira. Com atrasos reiterados desde, pelo menos, 2017, a empresa pagou dois meses de salário em duas semanas de mobilização da greve de jornalistas.

No processo que segue tramitando no MPT, a entidade de classe dos jornalistas pede o bloqueio de verbas publicitárias que a Empresa de Jornais Calderaro tenha para receber do governo do Estado, da Prefeitura de Manaus e de outros anunciantes públicos e privados, com a finalidade de pagamento salários e verbas rescisórias dos profissionais demitidos e também dos que permanecem na ativa, mas que a empresa deixou de fazer os depósitos regulares de FGTS em 2016.

Outra conquista do movimento é quanto à regularização dos profissionais freelancers que atuam hoje na redação com as mesmas funções e deveres de um profissional com carteira assinada, em uma clara tentativa de driblar os direitos trabalhistas. A empresa se comprometeu em rever os contratos e regularizá-los.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJPAM), Auxiliadora Tupinambá, a entidade prepara ação coletiva contra a empresa pela coação com as demissões e o assédio cometido durante a paralisação das atividades. Além disso, os jornalistas preparam ações individuais, por meio da representação jurídica do sindicato, pelos prejuízos financeiros, assédio, entre outras situações.

“Tivemos conquistas importantes nesse período como a mobilização da empresa para pagar o máximo possível. Além disso, os jornalistas foram corajosos e demonstraram que lutam por dignidade e respeito, sem aceitar tamanha violação de direitos trabalhistas”, afirmou Auxiliadora Tupinambá. O SJPAM acompanha agora o pagamento das rescisões dos profissionais demitidos, alguns com mais de 20 anos de casa.

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