A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Maria José Braga, reafirmou na manhã desta quarta-feira, 22 de janeiro, que o mapeamento e divulgação das agressões a jornalistas por parte do Presidente da República, Jair Bolsonaro, é uma ação da entidade em defesa da categoria dos jornalistas e do exercício da atividade profissional, que estão sendo sistematicamente atacados pelo governo, na pessoa do presidente.
A declaração foi reafirmada em diversas entrevistas concedidas à imprensa após o presidente Bolsonaro declarar que não falará com jornalistas até que um “processo seja retirado”, sem especificar. O Palácio do Planalto confirmou em e-mail a jornalistas que o presidente Bolsonaro se refere ao Relatório da Violência contra Jornalistas 2019, divulgado no último dia 16, que contextualiza 58% dos ataques como promovidos por Bolsonaro, na categoria “descredibilização da imprensa”, resultado de Monitoramento elaborado paralelamente pela FENAJ.
Maria José Braga declarou que a Federação não possui, ainda, nenhum processo judicial contra o presidente e que a entidade avalia possíveis ações jurídicas, políticas e sindicais para que o jornalista tenha respeitado o direito ao exercício profissional. Sobre Bolsonaro se recusar a conceder entrevistas, a presidenta da FENAJ lembrou que é dever de todo funcionário público agir com transparência e, portanto, é dever do presidente informar à sociedade sobre os atos de governo.
Acesse aqui o Relatório de Violência contra Jornalistas 2019.
Acesse abaixo as matérias com as entrevistas concedidas:
Poder 360 | Bolsonaro nega entrevista e pede que jornalistas “retirem processo” contra ele
Metrópoles | Bolsonaro se recusa a dar entrevista: “Não posso agredir vocês”
UOL | Bolsonaro cita processo inexistente para se recusar a falar com a imprensa
O Globo | Acusado de agredir jornalistas, Bolsonaro diz que solução é não dar mais entrevistas
Sputink | Denúncia do MPF contra Greenwald é ‘tentativa de intimidação’, diz Fenaj