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Campanha Salarial Rádio e TV: jornalistas rejeitam proposta dos patrões e mantêm luta por recomposição de perdas, piso unificado e a volta do Quinquênio

Redação - SJSP

Em assembleia realizada na última terça-feira, 12 de dezembro, quase 100 jornalistas que trabalham nas emissoras do estado de São Paulo rejeitaram por ampla maioria a proposta das empresas.

Até o momento, os patrões apresentam a correção dos salários pela inflação (que é de 3,85%, de acordo com o INPC), correção do piso das cidades com mais de 80 mil habitantes em 4,5%, além da mudança da data-base para o mês de novembro e a concordância da adoção de cláusula de contribuição negocial reivindicada pela categoria.

Apesar de reconhecer que, graças à pressão da categoria nos últimos anos, as empresas apresentaram uma proposta de recomposição inflacionária no início da negociação, diferentes reivindicações não foram atendidas.

Neste sentido, a categoria aprovou uma contraproposta que já foi encaminhada às empresas:

  • Reajuste salarial de 3,85% (inflação), mais 2% a título de recomposição de perdas anteriores;
  • Adoção de dois pisos salariais: o da capital e o das cidades do interior e litoral;
  • Retorno da cláusula do Quinquênio;
  • Aumento do valor diário do Vale-Refeição: R$ 38 para a capital, e R$ 35 para o interior.

Com o objetivo de “afunilar” a campanha salarial e promover celeridade à negociação, a categoria entende que as reivindicações acima são passos importantes para a melhoria concreta das condições de trabalho.

No caso dos pisos salariais, os patrões apenas apresentam uma proposta de corrigir acima da inflação os pisos de jornalistas que trabalham nas cidades com mais de 80 mil habitantes. Isso, na prática, aprofundará a desigualdade em relação a profissionais que trabalham nas cidades com menos de 80 mil habitantes e recebem um valor de piso salarial menor! Com nossa reivindicação, queremos unificar os pisos das cidades do interior e litoral em um só, a partir daquele de maior valor.

Em relação ao retorno da cláusula do Quinquênio, tal reivindicação também se mostra bastante razoável, já que negociações estabelecidas para colegas radialistas de São Paulo e Rio de Janeiro retomaram esse direito nas últimas negociações.

Por fim, o aumento do valor diário do Vale-Refeição é uma necessidade vital, já que os atuais valores da Convenção Coletiva são absolutamente insuficientes para que a categoria consiga se alimentar com dignidade.

Diante de nossas reivindicações, os patrões agendaram uma nova mesa de negociação que acontecerá na próxima segunda-feira, 18 de dezembro. Assim que houver uma nova proposta, uma assembleia será convocada. Vamos juntas e juntos nessa luta!

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