Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Levantamento da FIJ aponta 108 jornalistas mortos em 2013

Levantamento da FIJ aponta 108 jornalistas mortos em 2013


relatorio_fij_interna

A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) emitiu, no dia 31 de dezembro de 2013, um apelo aos governos de todo o mundo para acabar com a impunidade da violência contra jornalistas.

Em 2013, a FIJ registrou 108 assassinatos de jornalistas e outros na mídia além de 15 mortos em acidentes de trabalho.

De acordo com a lista divulgada pela FIJ, pelo menos 108 jornalistas e outros profissionais da mídia foram mortos em ataques direcionados, bombas, explosões e incidentes de fogo em todo o mundo. A lista anual mostra que as regiões mais perigosas para os jornalistas foram a Ásia-Pacífico, com 29% dos assassinatos, e Oriente Médio e mundo árabe, com 27% do total. A taxa de homicídios é ligeiramente inferior (10%) do que no ano anterior.

O atual conflito na Síria faz com que este país figure em primeiro lugar na lista dos mais perigosos para a mídia em 2013, com o registro de 15 vitimas. Neste ranking nefasto, aparecem posteriormente o Iraque (13 casos), Paquistão, Filipinas e Índia (10 casos em cada um), Somália (7) e Egito (6).

A FIJ observa que os níveis de violência permanecem inaceitavelmente altos e ainda há uma necessidade urgente de os governos reforçarem a proteção dos jornalistas e assegurar seu direito elementar à vida. Neste sentido, apelou a países como as Filipinas, Paquistão e Iraque para tomarem medidas drásticas para combater a violência contra profissionais de mídia.

A Federação saudou a resolução da ONU, aprovada na Assembléia Geral realizada dia 18 de dezembro último, de estabelecer um dia internacional contra a impunidade de crimes contra jornalistas. A referida resolução “inequivocamente condena todos os ataques e violência contra jornalistas e profissionais de mídia, tais como tortura, execuções extrajudiciais, desaparecimentos e detenções arbitrárias, bem como de assédio e intimidação em situações conflito e fora deles”.

“Após a definição da resolução das Nações Unidas em 2 de novembro como o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade, apelamos a todos os países do mundo a tomarem medidas imediatas para proteger a segurança e a liberdade dos jornalistas”, disse o presidente da FIJ, Jim Boumelha.

A FIJ também observa que os números mostram um aumento da violência contra mulheres jornalistas. Seis delas perderam a vida no ano passado, enquanto muitas outras foram vítimas de assédio moral, discriminação e abuso sexual.

De acordo com estatísticas da FIJ, muitos jornalistas se tornaram alvo selecionado apenas fazendo seu trabalho e as agressões destinavam-se claramente para silenciá-los, o que exige uma melhoria da segurança dos jornalistas para alcançar a correspondente punição dos perpetradores de violência contra os profissionais de comunicação.

Em resposta a esta necessidade, em outubro deste ano a FIJ lançou sua campanha chamada “fim da impunidade para a violência contra jornalistas”. Esta campanha, que continua, começou a se concentrar sobre o Paquistão, no Iraque e na Rússia, e exorta os governos dos países com maiores níveis de violência contra jornalistas para investigar os assassinatos e trazer os responsáveis à justiça.

“Claramente, não há sinais de que tais ações horríveis contra jornalistas irão diminuir”, disse a secretária geral da IFJ, Beth Costa. Segundo ela, o estabelecimento pelas Nações Unidades do dia 2 de novembro como Dia Internacional Contra a Impunidade de Crimes Contra Jornalistas é de grande importância na luta para proteger os direitos, liberdades e segurança da categoria em todo o mundo, incluindo as mulheres jornalistas que enfrentam diariamente a discriminação e violência.

 

Fonte: Fenaj

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo