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TV Record Litoral expõe jornalistas; Sindicato cobra medidas de proteção

TV Record Litoral expõe jornalistas; Sindicato cobra medidas de proteção

Redação da Record Litoral / Foto: Carlos Norberto Souza

Mesmo com alto risco de os jornalistas contraírem coronavírus (Covid-19), a TV Record Litoral expõe seus profissionais demonstrando irresponsabilidade social. Os profissionais estão todos apreensivos, com fortes razões para isso.

A emissora não adotou nem mesmo o rodízio de equipes, o que seria fundamental para diminuir a exposição ao vírus e ninguém está em home office, nem mesmo pessoas em situação de vulnerabilidade.

Os jornalistas que trabalham em gravações externas levam máscara, álcool 70% e microfone para entrevistados, diante dos quais – por sua própria consciência – mantêm certa distância. Mas as pautas não foram reduzidas nem mesmo diante da pandemia. Só em Santos, até o dia 24, informações oficiais dão conta de 170 casos suspeitos de coronavírus, com cinco casos confirmados e quatro óbitos em investigação.

Em São José dos Campos, o álcool fornecido aos jornalistas não é eficaz no combate à propagação do coronavírus, por isso, os jornalistas estão levando o álcool em gel a 70% de sua própria casa. Para se proteger do contágio, a categoria aguarda o fornecimento de equipamentos de proteção individual por parte da emissora.

Parece que as vidas pouco importam diante do show, que não pode parar.

Além disso, a emissora não mudou a programação jornalística da afiliada e o setor administrativo funciona sem alterações.

Na redação, que deveria ter acesso restrito, funcionários de outros setores circulam livremente. O risco é iminente, dado o espaço reduzido e o agravante de que não foram disponibilizadas máscaras para o pessoal da redação. Também ali a rotina não mudou com o Covid 19. A Record Litoral ainda obriga jornalistas a comparecerem à redação aos sábados para fazerem o jornal Balanço, ao invés de preservar os profissionais.

Intransigência

Diante dos fatos, é fácil imaginar que não há plano de contingência e de reorganização das atividades na Record Litoral em decorrência da pandemia de coronavírus. E o cenário acontece tanto na unidade de Santos como na de São José dos Campos. As regras de segurança para os trabalhadores da afiliada da Record não são abertas ao conhecimento dos jornalistas e tão pouco do Sindicato que representa a categoria.

No dia 17 de março, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) enviou à direção da empresa uma série de recomendações para garantir condições seguras de trabalho aos jornalistas durante pandemia do Covid-19. Uma das propostas é a criação do Comitê de Prevenção do Coronavírus, com a participação de jornalistas, gestores e acompanhamento do Sindicato.

O SJSP questionou quais recomendações foram adotadas e se a empresa se dispõe a discutir a formação do comitê. No entanto, não houve resposta sobre quaisquer procedimentos da afiliada para proteção dos trabalhadores.

O Sindicato dos Jornalistas repudia a intransigência da empresa em discutir uma questão tão importante como a saúde e a vida dos jornalistas, e pretende tomar todas as medidas cabíveis.

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