Dispensa em massa de 20 profissionais concursados será julgada na próxima segunda-feira (17)
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2) ordenou a suspensão de novas demissões sem justa causa pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, sob a pena de multa de R$ 15 mil por trabalhador dispensado. A medida cautelar resulta de ação contra a demissão em massa ocorrida no último dia 31 de março, quando sete jornalistas e 13 gráficos foram demitidos pela Imprensa Oficial.
Na ação, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas, Comunicação e Serviços Gráficos (STIG-SP) lutam pela reintegração dos demitidos e o caso será julgado em audiência na próxima segunda-feira (17), às 11h, no TRT-2, na Rua da Consolação nº 1272, centro da capital. Até lá, prevalece a decisão cautelar impedindo outras demissões imotivadas.
Depois de uma assembleia com os trabalhadores em 3 de abril, na sede do SJSP, foi enviado ofício pelo Sindicato solicitando imediata abertura das negociações. Contudo, na reunião de emergência ocorrida na última quinta-feira (6) com as entidades de classe, nenhum representante da diretoria da Imprensa Oficial participou, apenas os responsáveis pelas áreas jurídica e de recursos humanos, sem a sinalização de qualquer medida quanto à demissão em massa.
“As demissões são arbitrárias, na linha de um corte de gastos para sucateamento que o governo Geraldo Alckmin faz em várias áreas, a exemplo da Rádio e TV Cultura, onde os jornalistas e radialista estão há três anos e meio sem qualquer reajuste salarial”, critica Paulo Zocchi, presidente do SJSP.
Os profissionais demitidos eram todos concursados, trabalhavam há 18 anos na empresa e foram comunicados da dispensa num auditório, em reunião na qual foi impedida a participação de Ana Minadeo, jornalista na Imprensa Oficial e diretora do SJSP.
Os 20 trabalhadores integravam a equipe responsável pelo clipping de notícias dos órgãos públicos e autarquias de todas as áreas do governo estadual de São Paulo, como educação e saúde, e cumpriam jornada das 23h às 6h.
Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo