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Trabalhadores da Rádio e TV Cultura protestam por reajuste salarial e direitos em dia de reunião do Conselho Curador

Os Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas de São Paulo organizaram na manhã desta quarta-feira (9 de agosto) um protesto na porta da Rádio e da TV Cultura, localizada na zona oeste paulistana. Trabalhadoras e trabalhadores se somaram ao ato, que cobra reajustes salariais e direitos do governo do estado e da Fundação Padre Anchieta (responsável pela gestão da emissora).

A mobilização ocorreu no dia da reunião do Conselho Curador da Fundação, que conta com a presença de membros da sociedade civil, da cultura, além de representantes da Assembleia Legislativa de São Paulo e da administração pública paulista, com representantes do governo estadual. Além de carro de som, faixas foram estendidas e panfletos foram distribuídos aos participantes da reunião.

Além de gerir a Rádio e a TV Cultura, a Fundação Padre Anchieta também é mantenedora de canais como a TV Ra Tim Bum!, e administra a orquestra Jazz Sinfônica Brasil e outras iniciativas ligadas à cultura do estado de São Paulo.

Apesar da reconhecida contribuição para a comunicação pública paulista, as trabalhadoras e trabalhadores da Fundação Padre Anchieta acumulam perdas em seus salários e convivem com a precarização do trabalho. De 2014 para cá, radialistas e jornalistas têm um arrocho salarial superior a 50% do índice da inflação, que não foi devidamente reposto pela direção da Fundação. Além disso, centenas de funcionários não são registrados em carteira, sendo contratados como PJs ou eventuais, o que constitui uma fraude trabalhista.

Nos últimos anos, a Fundação Padre Anchieta também se recusa a negociar um Acordo Coletivo de Trabalho com os sindicatos, mesmo após a Justiça do Trabalho garantir uma data-base para a negociação, fruto de uma greve realizada em 2016. A sentença judicial aplicada teve validade de setembro de 2016 a setembro de 2020.

Após a notícia de que as trabalhadoras e trabalhadores ficariam de fora do reajuste concedido pelo governo estadual, na ordem de 6% a 30%, jornalistas e radialistas decidiram manter um estado de assembleia permanente e organizar mobilizações na luta por salários e direitos.

Na reunião desta manhã do Conselho Curador, a questão levantada pelos funcionários foi um dos temas centrais de discussão: uma das conselheiras teria ficado indignada ao saber que o Vale Alimentação mensal era de pouco mais de 90 reais (com os descontos, o valor final é de R$ 73).

Em assembleia realizada no período da tarde desta quarta-feira, as e os trabalhadores aprovaram a manutenção da luta e cobram uma posição da Fundação Padre Anchieta em relação às diferentes demandas das categorias.

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