Com textos de vários dos principais jornalistas brasileiros, farta ilustração fotográfica e registrando também as manifestações populares de Junho deste ano, será lançado no próximo dia 13 de novembro, às 19h, na Livraria Cultura Conj. Nacional – Piso do teatro (Av. Paulista, 2073), o livro A Constituição de 1988, 25 Anos: A Construção da Democracia & Liberdade de Expressão – O Brasil Antes, Durante e Depois da Constituinte.
Escrito para comemorar o 25º aniversário da Constituição Brasileira, promulgada em 5 de Outubro de 1988, o livro, com patrocínio das Organizações Globo e apoio do Instituto Palavra Aberta, será o primeiro lançamento da nova Editora Instituto Vladimir Herzog, com projeto gráfico de Eliane Stephan, diagramação de Angela Mendes e pesquisa de Vladimir Sacchetta.
PERSONAGENS ENTREVISTADAS
Coordenada pelo jornalista Marcos Emílio Gomes, a obra conta com informações de personagens importantes na condução daquele momento histórico do País, que foram especialmente entrevistadas, como o ex-deputado Ibsen Pinheiro, presidente da Câmara Federal durante o processo de impeachment de Fernando Collor; o ex-ministro da Defesa e da Justiça, Nelson Jobim; e o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP), todos atuantes na Assembleia Nacional Constituinte de 1988. Fernando Henrique Cardoso, Delfim Netlo, Bernardo Cabral, José Genoino e diversas outras personalidades também trazem contribuições importantes para o trabalho.
O livro tem como ponto inicial o ofício inter-religioso celebrado na Catedral da Sé no dia 31 de Outubro de 1975 pela alma do jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado nos porões da ditadura, uma tragédia que traumatizou e indignou a opinião pública brasileira e constituiu o ponto de inflexão que deslanchou a derrocada do regime totalitário.
E o capítulo final, que reúne inúmeras fotos das passeatas do Outono-Inverno deste ano, se inicia com o atestado de óbito de Vladimir Herzog, corrigido em 7 de Junho de 2013, de maneira a restaurar a verdade que havia sido camuflada pelo governo ditatorial sob a alegação de suicídio, registrando agora oficialmente que ele foi morto “no II Exército – (DOI-CODI)” em São Paulo, vítima de “lesões e maus tratos”.
JORNALISTAS E INTERNAUTAS
Contendo ainda um capítulo sobre a História de todas as Constituições Brasileiras, de autoria do advogado Adriano Pilatti, que foi assessor da Assembléia Nacional Constituinte de 1988, o livro tem prefácio de Audálio Dantas e se encerra com um posfácio que reúne textos opinativos dos jornalistas Eurípedes Alcântara, Ricardo Setti, Eugênio Bucci, Marcelo Rech, Eliane Cantanhêde, Clovis Rossi, Mino Carta, José Nêumanne Pinto, Ricardo Gandour, Franklin Martins, Alexandre Garcia, José Roberto Guzzo, Dora Kramer e Paulo Moreira Leite.
Esse posfácio abrange também textos de autoria do grupo Transparência Hacker, de Leonardo Sakamoto e de Ivan Marsiglia, que atuam na internet e na blogosfera, não viveram os anos de ditadura nem o período da Constituinte. Suas percepções enxergam com olhares jovens o processo de construção da democracia e da liberdade de expressão no Brasil, que na verdade continua em evolução e, se começou formalmente com a Constituição de 1988, nunca terminará, pois a sociedade e seus anseios mudam continuamente – e, com eles, a legislação.