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Solidariedade aos bancários em campanha salarial! Repúdio à violência da PM!

Redação - SJSP

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) solidarizam-se com a categoria de trabalhadores(as) bancários(as) e seus representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, frente à violência que sofreram enquanto se manifestavam pacificamente na manhã desta quinta-feira, 22 de agosto.

Trabalhadores(as) e sindicalistas encontravam-se em frente ao Radar Santander, na região de Santo Amaro, zona sul da capital paulista. A manifestação promovia o Dia Nacional de Luta contra a terceirização, atividade que faz parte da Campanha Nacional dos Bancários 2024. Trata-se da campanha salarial da categoria, que busca, além de outras demandas, cobrar das instituições financeiras o fim da terceirização, a preservação dos postos de trabalho, condições laborais dignas e um reajuste salarial compatível.

O Santander, porém, acionou a Polícia Militar para reprimir a atividade, que ocorria sem problemas até a chegada da força policial. Mais uma vez, a PM do governador Tarcísio de Freitas e de seu secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, promoveram um ato bárbaro, agindo com truculência e usando de armas de choque elétrico contra trabalhadoras(es) e sindicalistas ali presentes.

O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT), ex-dirigente da categoria, também estava presente no ato e foi agredido covardemente por um policial que portava uma pistola de choque, enquanto tentava, ao lado de sindicalistas, dialogar com os policiais militares.

Importante lembrar que as ações violentas da Polícia Militar do Estado de São Paulo se perpetuam há décadas, tendo como principal vítima a população negra, pobre e periférica, mas também os movimentos sociais e sindicais. Tais práticas são um reflexo da militarização das forças de segurança e de sua vinculação ao Exército como “força auxiliar”, herança sombria do período da Ditadura Militar brasileira (1964-1985).

A categoria dos jornalistas sente na pele esse problema, sobretudo durante as coberturas de protestos e conflitos. Diversos casos são relatados ao SJSP, e apresentados anualmente nos Relatórios de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, elaborados pela Fenaj.

Por isso o SJSP e a Fenaj reiteram a solidariedade aos bancários e seus dirigentes, bem como ao deputado Luiz Claudio Marcolino, na mesma medida em que repudiam a violência e os abusos praticados pela PM nesse episódio. E reforçam que é urgente a desmilitarização das Polícias Militares e de outras forças de segurança, e uma profunda reforma democratizante dos aparatos ditos de “segurança pública”, para que sirvam à população e às classes trabalhadoras, ao invés de serem utilizados como instrumentos de opressão e Terrorismo de Estado.

São Paulo, 22 de agosto de 2024

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas

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