Frente ao agravamento da pandemia de covid-19, a direção do SJSP relembra à categoria que, em 16 de março de 2020 – há mais de um ano –, enviou ofício às empresas, no qual enfatizava a importância de que fossem adotadas medidas de proteção aos jornalistas e, nesta quarta-feira, 14 de abril de 2021, enviou novo comunicado reivindicando que sejam intensificadas as medidas de proteção (clique para ver ofício). Importante destacar que também foram feitas reuniões on line e contato telefônico com diversas empresas no sentido de cobrar que tais medidas de proteção sejam efetivamente colocadas em prática.
Nessa atual fase da pandemia, a Covid-19 se mostra ainda mais agressiva e atinge majoritariamente jovens e adultos. Levantamento da Fenaj fechado em 31 de março de 2021, mostra que 169 jornalistas já morreram pela doença no país, um terrível recorde mundial. Ressaltamos a necessidade de que os governos e as empresas assumam as suas responsabilidades no combate ao novo coronavírus.
Em 13 de abril, o SJSP dirigiu-se em ofício ao governador João Doria defendendo a prioridade na vacinação contra a Covid-19 para os jornalistas que estão em trabalho presencial – realizando reportagens e entrevistas, ou trabalhando nas redações –, expondo-se cotidianamente ao risco do vírus para garantir o trabalho jornalístico, considerando “essencial” no combate à epidemia. O Sindicato já havia enviado em janeiro um ofício no mesmo sentido, e a primeira resposta era de que, numa primeira fase, os prioritários seriam os idosos, as comunidades indígenas e quilombolas e os trabalhadores da saúde, ficando aberta a discussão sobre a segunda fase da vacinação.
Solicitamos também ao Governo do Estado que organize as atividades com as autoridades para que, nas coletivas ou falas oficiais, seja sempre garantido o distanciamento entre os jornalistas e as demais condições de segurança sanitária. É fundamental que as e os jornalistas, principalmente repórteres, repórteres fotográficos e cinematográficos, se articulem coletivamente para tentar evitar aglomerações e exposição desnecessária ao vírus, e também que não sejam repreendidos por suas chefias ao fazê-lo. Orientamos os profissionais, caso aconteçam dificuldades para a adoção dessas medidas, que entrem em contato imediatamente com o Sindicato solicitando apoio, seja nas regionais ou na capital.
Abaixo algumas orientações importantes
– Reivindicamos das empresas a criação de um Comitê de Prevenção do Coronavírus, com acompanhamento do Sindicato. Caso a empresa não o tenha criado, orientamos aos jornalistas que se reúnam e debatam o problema, visando a criação de um Comitê de Prevenção.
Se na empresa houver Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), sugerimos uma conversa com seus membros para que coloquem a questão da pandemia na pauta, incluindo a criação do Comitê, e que se trabalhe em conjunto para enfrentar esse grave problema. Deve-se entrar em contato com o Sindicato a fim de que um diretor possa acompanhar o processo.
– As empresas devem colocar o máximo possível de jornalistas em home office (teletrabalho), considerando-se sobretudo as funções de pauta, edição, diagramação, assessoria e atendimento;
– As atividades de reportagem devem, preferencialmente, também ser feitas à distância, retomando os diversos instrumentos já usados no começo da pandemia, com entrevistas por meio de aplicativos e telefone. Vários veículos estão fazendo ancoragem dos programas noticiosos à distância;
– Só deve estar presente nas redações o pessoal estritamente necessário para colocar os noticiários/diários no ar, garantindo um amplo distanciamento, rodízio e, se possível, a formação de um contingente de reserva;
– Jornalistas dos grupos de risco devem realizar as tarefas somente em teletrabalho;
– Qualquer tipo de entrevista ou coletiva deve ser realizada à distância, sem aglomerações, devendo-se cobrar e denunciar os agentes ou órgãos que desprezarem esse entendimento;
– Em caso de entrevista presencial, garantir que ocorra ao ar livre, com distanciamento mínimo de 2 metros entre profissionais e entrevistados;
– Higienização com a maior frequência possível de todos os equipamentos em uso, como câmeras, microfones, gravadores. Utilizar a máscara em período integral, cobrando das empresas o seu fornecimento em quantidade necessária;
– Repórteres cinematográficos e fotográficos devem adotar medidas de proteção, garantindo distanciamento. O momento é de obter os registros de imagens de forma segura;
– As empresas devem respeitar, colocar em prática e reforçar as orientações acima, diminuindo ao máximo o número de profissionais em trabalho presencial, além de orientar as chefias para que também o façam.
– As empresas devem fornecer equipamentos de proteção individual, como máscaras N95, álcool em gel em quantidade suficiente e garantir a limpeza constante dos espaços de trabalho compartilhados.
Solicitamos que todas e todos os profissionais colaborem no sentido de fiscalizar e denunciar ao Sindicato caso as medidas não sejam seguidas ou se sintam em situação de exposição e risco de contaminação.
Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo