A apresentação do relatório, seguida de coletiva para a imprensa, foi realizada na sede do Sindicato dos Jornalistas do município do Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira (25), com a presença da presidenta da entidade, Samira de Castro. Também participaram da apresentação as jornalistas Márcia Quintanilha, representando o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo e Virgínia Berriel, representando o Sindicato dos Jornalistas do município do Rio de Janeiro. As duas também são diretoras da Federação Nacional dos Jornalistas.
Segundo o relatório, o número de agressões a jornalistas e a veículos de comunicação manteve-se nas alturas, apesar da queda registrada em comparação com o ano anterior. Foram 376 casos, 54 casos a menos que os 430 registrados em 2021, ano recorde, desde o início da série histórica dos levantamentos feitos pela Fenaj.
Samira de Castro, presidenta da Fenaj, afirma que “a queda foi pequena (12,56%) e não deve ser comemorada, especialmente porque foi registrada somente nos casos de descredibilização da imprensa e de censura. As agressões diretas a jornalistas tiveram crescimento em todas as regiões do país, com profissionais sendo atacados cotidianamente.”
A descredibilização da imprensa, que foi uma estratégia adotada pelo governo Bolsonaro, voltou a ser mais frequente, em 2022, apesar de ter diminuído em comparação com o ano anterior. Foram 87 casos de ataques genéricos e generalizados, que buscaram desqualificar a informação jornalística. Em 2021, foram 131 episódios, portanto, houve uma queda de 33,59%.
A diretora do SJSP, Márcia Quintanilha, apresentou alguns casos de jornalistas agredidos no estado de São Paulo e afirmou que o ataque a imprensa é um ataque a democracia e que o levantamento da Fenaj ajuda na construção de ações e políticas para barrar estas agressões, como o lançamento do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas, anunciado na semana passada pelo Ministro da Justiça, que era uma proposta da entidade.
Virgínia Berriel, diretora do sindicato do município do Rio de Janeiro, também apresentou os casos que ocorreram na cidade no último ano.
O relatório completo pode ser acessado aqui.
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