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Primeira rodada de negociação de Jornais e Revistas da Capital: Sindicato apresenta propostas econômicas e cobra igualdade de direitos

Por Luciana Mendonça

Na primeira rodada da Campanha Salarial 2025/2026 com o segmento de jornais e revistas da capital, realizada na quarta-feira, 11 de junho, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) reafirmou às empresas a pauta econômica aprovada pela categoria em assembleia. A entidade já havia apresentado a pauta por e-mail, com as prioridades da negociação.

A reunião marcou o início das negociações com o setor patronal, que apresentará contraproposta formal na próxima quarta-feira, 18 de junho.

As reivindicações do SJSP incluem:

  • Reposição integral da inflação, com base no INPC acumulado até abril de 2025, que ficou em 5,2%;
  • Aumento real de 4% sobre os salários, para recompor o poder de compra e valorizar a carreira dos jornalistas;
  • Reajuste acima da inflação no valor do vale-refeição, diante do aumento contínuo do custo da alimentação;
  • Extensão do auxílio-creche também aos jornalistas homens, promovendo maior igualdade de direitos entre os profissionais.
  • Garantia de cálculo de 100% de horas extras nos domingos e feriados.

“Infelizmente, as empresas ainda não apresentaram sua contraproposta mesmo após nosso envio da pauta, que ocorreu no fim de março. De qualquer maneira, é importante que nossos colegas já se preparem para participar da negociação e da mobilização”, afirma Thiago Tanji, presidente do SJSP.

Durante a reunião, o Sindicato também cobrou o cumprimento do piso salarial, especialmente no que se refere à jornada estendida de sete horas diárias (cinco horas mais duas horas extras). A prática de remuneração abaixo do piso tem gerado insatisfação generalizada na categoria.

“O fato de que uma parte dos jornalistas recebe abaixo do piso referente a sete horas, calculado com base no valor da jornada de cinco horas somado às duas horas extras, é algo que gera descontentamento generalizado. É fácil verificar isso nas empresas que praticam essa irregularidade. Por isso, insistimos que essa é uma questão que precisamos enfrentar diretamente, discutir a base disso e corrigir essa distorção de forma definitiva”, afirmou Raphael da Silva Maia, coordenador jurídico do Sindicato.

Outra proposta defendida com firmeza pelo SJSP foi a ampliação do direito ao auxílio-creche, que hoje é limitado, em muitas redações, às mulheres.

“Essa é uma questão que vai além do aspecto econômico, é também uma questão social. Já passou da hora de garantirmos o auxílio-creche para todos os jornalistas. Muitas das empresas aqui representadas têm políticas editoriais que pregam a equidade de gênero e de oportunidades. Isso precisa se refletir também nos direitos trabalhistas. É fundamental que os jornalistas tenham igualdade não só nos salários, mas também nos benefícios”, destacou Paulo Zocchi, vice-presidente da Fenaj.

A comparação é relevante porque grupos empresariais que atuam em São Paulo também operam nessas praças, demonstrando a viabilidade de avanços semelhantes.

A próxima rodada de negociação com o setor patronal foi marcada para o dia 18 de junho. Após a apresentação da proposta, será convocada assembleia.

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