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Polícia de SP agride repórteres de imagem e destrói equipamento em protesto

Polícia de SP agride repórteres de imagem e destrói equipamento em protesto


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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia mais uma agressão pela Polícia Militar, que desta vez vitimou a fotógrafa  Gabriela Biló, do Estadão e André Lucas Almeida, que fotografa para a agência Futura Press.  Os profissionais foram atacados por policiais militares durante um protesto no centro de São Paulo na noite do último dia 18 de maio.

Gabriela Biló, do Estadão, tentou fotografar o momento em que, cercado por um cordão de PMs, um estudante era preso na esquina da av. Ipiranga com a r. da Consolação. Ao próprio jornal, Biló explicou: “Corri para fotografar e, quando me aproximei o cordão se dispersou para afastar os manifestantes. A polícia bateu em todo mundo que estava em volta. Fiquei encurralada em uma esquina. Foi quando um policial gritou `vaza, vaza`, e tentou agarrar minha câmera. Continuei fotografando e ele disse `conheço você` e espirrou o spray diretamente no meu rosto”.

Gabriela Biló, do Estadão foi agredido por um golpe de cassetete quando filmava a ação dos policiais, que batiam em estudantes que fugiam correndo. O PM agressor grita: “vai andando, vai andando”.

André Lucas Almeida, que fotografa para a agência Futura Press, também foi agredido e falou ao Estado: “Os policiais começaram a agredir todo mundo a esmo, incluindo a imprensa. Jogaram spray de pimenta no meu rosto e eu corri. O mesmo PM que lançou o spray correu atrás de mim e bateu com o cassetete na mochila, trincando a tela do meu notebook. Muitos estudantes foram espancados”.

Almeida cobrou explicação de um oficial que comandava a ação, e ouviu que “estava no lugar errado na hora errada”.

A direção do SJSP, como tem feito em todos os casos de registro de violência contra jornalistas repudia a ação covarde da PM que vem insistentemente tentado coibir os profissionais de comunicação durante cobertura de manifestações.  A Secretaria de Segurança Pública e órgãos competentes precisam entender que os jornalistas são trabalhadores e estão nas ruas  para cumprir o seu papel de informar e não podem ser hostilizados e agredidos. A atitude é uma afronta ao exercício da profissão e ao direito democrático da informação.

Desde junho de 2013, houve ao menos outros 93 ataques da PM paulista contra jornalistas durante protestos. São golpes de cassetete, jatos de spray de pimenta, ferimentos provocados por estilhaço de bomba, intoxicação por gás lacrimogêneo, detenções irregulares e até mesmo atropelamento intencional.

Com informações da Abraji

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