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PM contraria Sindicato e insiste em distribuir coletes à imprensa para cobertura de protestos

PM contraria Sindicato e insiste em distribuir coletes à imprensa para cobertura de protestos


 

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Polícia anuncia distribuição de 150 jalecos para profissionais que desejam cobrir terceiro ato contra Copa, nesta quinta. Determinação é contraria a deliberação do SJSP e Arfoc

 

São Paulo – A Polícia Militar de São Paulo anunciou em sua página na internet que, a partir de hoje (12), distribuirá coletes para os jornalistas que farão a cobertura do protesto contra a Copa do Mundo marcado para quinta-feira (13), às 18h, na zona oeste da capital. De acordo com a nota, o objetivo da corporação é “facilitar a identificação visual dos profissionais” pelos homens que serão destacados para a manifestação.

A iniciativa da PM contraria decisão tomada em plenária conjunta pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e pela Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo (Arfoc-SP). Realizado no último dia 28 de fevereiro, o encontro ocorreu seis dias após o segundo ato contra a Copa, que acabou com a detenção arbitrária de 262 pessoas e a agressão ou a prisão de pelo menos 19 membros da imprensa.

Na ocasião, mesmo repórteres ostentando capacetes azuis com a inscrição “imprensa” apanharam da PM. Ao menos cinco profissionais se identificaram com crachás antes que policiais os impedissem de trabalhar. Manifestantes que registravam os abusos com celulares também sofreram agressões e, embora sem qualquer acusação formal, acabaram sendo conduzidos à delegacia.

Como resposta, SJSP e Arfoc-SP divulgaram nota em que defendem os direitos adquiridos pela Constituição. “A identificação prévia dos jornalistas para atuar em manifestações públicas não é aceitável, pois fere o direito de livre exercício profissional e de liberdade de imprensa”, afirmam as entidades de classe. “Oficialmente, a única identificação aceitável é o registro profissional, o que não se confunde com o direito de livre expressão e de registrar individualmente os fatos, prerrogativa de todo cidadão.”

De acordo com o presidente do Sindicato dos Jornalistas, José Augusto Camargo, não é o Estado ou a polícia que devem determinar quem pode ou não pode cobrir manifestações públicas. “Quando fomos procurados pela PM, dissemos que a identificação dos repórteres não deve partir do Estado”, relatou, durante a plenária. “Não precisamos solicitar licença da polícia para trabalhar.”

A determinação da PM também contraria resolução de jornalistas e repórteres cinematográficos quanto à obrigatoriedade do uso de equipamentos de segurança pessoal. Com a nota, a polícia procura se eximir de possíveis ferimentos causados por agentes do Estado a profissionais de imprensa durante a cobertura do protesto.

“A sua utilização, no entanto, não exime o usuário de adotar condutas e procedimentos de segurança que visem resguardar sua integridade física durante a cobertura do evento nos momentos em que haja a configuração de total quebra da ordem pública e seja necessária a atuação enérgica das forças de segurança para a contenção ou dissuasão de manifestantes baderneiros que apresentem comportamento agressivo”, afirma a corporação, diz a PM.

SJSP e Arfoc-SP não aceitaram coletes de identificação oferecidos pela Polícia Militar e muito menos violência. A determinação é de que as empresas de comunicação forneçam os mesmos para os seu profissionais.

 

 

 

Com informações da Redação Rede Brasil Atual

 

 

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