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Petroleiros em greve pela redução de preços de combustíveis e gás

Petroleiros entram em greve pela redução de preços de combustíveis e gás de cozinha

Mobilização dos petroleiros na Replan. Foto: Reprodução/Facebook/FUPA Federação Única dos Petroleiros (FUP) realiza greve nacional de advertência de 72 horas, a partir desta quarta-feira (30), para que o governo golpista de Michel Temer (MDB-SP) reduza os preços do gás de cozinha e dos combustíveis. A mobilização também é protesto contra a privatização da Petrobrás e para pressionar pela saída imediata do presidente da empresa, Pedro Parente.

Em nota divulgada no último dia 26, a FUP afirma que “a atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobrás. Os culpados pelo caos são Pedro Parente e Michel Temer, que, intensifica a crise ao convocar as força armadas para ocupar as refinarias. A FUP repudia enfaticamente mais esse grave ataque ao Estado Democrático de Direito e exige a retirada imediata das tropas militares que estão nas instalações da Petrobrás”. 

Segundo a Federação, neste 30 de maio, os trabalhadores e trabalhadoras não entraram para trabalhar nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX). Nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR) também não houve troca dos turnos da zero hora. 

Nesta quarta-feira também ocorrem atos e mobilizações em apoio e solidariedade à luta dos petroleiros contra a política de preços da Petrobras. Ainda segundo a FUP, a greve de advertência é uma etapa “das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”.

Segundo reportagem da CUT Nacional, os petroleiros podem decretar greve por tempo indeterminado a partir de junho. A decisão será tomada pela categoria em assembleia no próximo dia 12 de junho. 

Além da luta contra a privatização e o desmonte da Petrobras, pela demissão de Pedro Parente e pela redução dos preços dos combustíveis, os outros eixos da mobilização são a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias e o fim das importações de derivados de petróleo. 

Acompanhe minuto a minuto a greve dos petroleiros, acessando o Radar FUP: http://www.radarfup.com.br/minuto-a-minuto/

Confira a íntegra da nota da FUP:

“A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados convocam a categoria petroleira para uma greve nacional de advertência de 72 horas. Os trabalhadores do Sistema Petrobrás iniciarão o movimento a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio, para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, contra a privatização da empresa e pela saída imediata do presidente Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país numa crise sem precedentes. 

A atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobrás. Os culpados pelo caos são Pedro Parente e Michel Temer, que, intensifica a crise ao convocar as força armadas para ocupar as refinarias. A FUP repudia enfaticamente mais esse grave ataque ao Estado Democrático de Direito e exige a retirada imediata das tropas militares que estão nas instalações da Petrobrás.

A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Os eixos principais do movimento são a redução dos preços dos combustíveis, a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte da Petrobrás e pela demissão de Pedro Parente da presidência da empresa.

Já neste domingo, 27, os petroleiros farão novos atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes que estão em processo de venda: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.

Na segunda-feira, 28, a FUP e seus sindicatos realizarão um Dia Nacional de Luta, com atos públicos e mobilizações em todo o Sistema Petrobrás, denunciando os interesses que estão por trás da política de preços de combustíveis, feita sob encomenda para atender ao mercado e às importadoras de derivados. A gestão entreguista de Pedro Parente está obrigando a Petrobrás a abrir mão do mercado nacional de derivados para as importadoras, que hoje são responsáveis por um quarto de todos os combustíveis comercializados no país.

O número de importadoras de derivados quadruplicou nos últimos dois anos, desde que Parente adotou preços internacionais, onerando o consumidor brasileiro para garantir o lucro do mercado. Em 2017, o Brasil foi inundado com mais de 200 milhões de barris de combustíveis importados, enquanto as refinarias, por deliberação do governo Temer, estão operando com menos de 70% de sua capacidade. O povo brasileiro não pagará a conta desse desmonte.

Todos contra a entrega do Sistema Petrobrás.

Todos contra o aumento dos combustíveis.  

Privatizar faz mal ao Brasil.

Fora Pedro Parente!”

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