Ao contrário do que a mídia tradicional busca difundir, ação sindical tem sido fundamental ao longo da história para assegurar conquistas sociais no Brasil
Durante as discussões do projeto de reforma trabalhista do governo Temer, os sindicatos foram atacados por empresários e pela mídia tradicional, acusados de estarem interessados apenas na contribuição compulsória dos trabalhadores. O papel dos sindicatos, entretanto, vai muito além.
Férias, 13º salário, licença-maternidade, vale-refeição e plano de saúde são alguns dos direitos que trabalhadores brasileiros sindicalizados desfrutam hoje e que foram obtidos depois de muitas lutas e negociações conduzidas pelos sindicatos ao longo de décadas.
“Parte dos direitos dos trabalhadores conquistada na Constituição de 1988 foi obra e graça não do acaso, mas do acúmulo das lutas dos trabalhadores”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Paulo Cayres, em entrevista à repórter Vanessa Nakasato, para o Seu Jornal, da TVT.
Cayres destaca que, atualmente, muitas empresas contam com restaurantes para os empregados. Segundo ele, essa é mais uma das conquistas adquiridas por meio dos sindicatos, uma mudança que impacta até mesmo na autoestima e na qualidade de vida dos trabalhadores, que não precisam acordar mais cedo para preparar a marmita e levá-la no transporte público.
Uma aspecto em geral pouco lembrado em discussões a respeito de sindicalização é o fato de empregadores também se organizarem em sindicatos patronais para defender seus interesses. Há 6 mil deles no país, atualmente. A Fiesp, por exemplo, reúne 131 sindicatos patronais que representam 150 mil empresas de todos os portes.
As negociações e acordos coletivos são apenas uma parte do trabalho feito pelos sindicatos, que ainda oferecem assistência médica e jurídica, além de veículos de imprensa que levam notícias que dizem respeito aos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), por exemplo, conta com departamento jurídico que representa hoje cerca de 150 mil trabalhadores em mais de 3.500 ações trabalhistas coletivas e individuais.
Confira a reportagem:
Contra imposto sindical, CUT rejeita negociações com ministro de Temer
Escrito por: Redação – Rede Brasil Atual
Imagem: Reprodução/Rede TVT