O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), um dos mais antigos do país, precisa do apoio de todos para manter a luta em defesa de nossas condições de trabalho, salários e do próprio jornalismo.
No último período, a entidade busca aumentar a organização dos profissionais para enfrentar coletivamente os prejuízos trazidos pela reforma trabalhista. Recentemente, categoria e sindicato impediram que empresas de Rádio e TV retirassem pagamentos de horas extras, (que poderiam acarretar em reduções salariais de até 40%), evitaram demissões sem acordo de quem estava em licença-maternidade ou de quem estivesse prestes a se aposentar, entre outros. Neste instante, luta pelos direitos de centenas de jornalistas e familiares de demitidos da Editora Abril, e de freelas dispensados.
Nesta história que começou em 1937, o SJSP já conseguiu, em unidade com o movimento sindical, a regulamentação da profissão, a jornada de cinco horas, o registro profissional, férias e descanso semanal. Enfrentou as ditaduras do Estado Novo e 1964. Denunciou violência e agressões, como o assassinato do colega Vladmir Herzog, em 1975. Liderou greves.
O sindicato não representa a categoria apenas à mesa de negociação com empresários de comunicação, mas se necessário ajuda quem não consegue acordo e, se não tem recursos, a buscar seus direitos na Justiça. Quem entra na sede do SJSP encontra muito da história de luta do jornalismo brasileiro. Tem o auditório Vladimir Herzog, a redação Narciso Kalili, do jornal Unidade, por onde passaram e ainda passam grandes como José Hamilton Ribeiro, Rose Nogueira e Audálio Dantas.
Foi no Sindicato que, em 2013, funcionou a Comissão da Verdade e Justiça dos Jornalistas paulistas, coordenada por Milton Bellintani, para investigar não só Herzog, mas outros 23 profissionais assassinados pelo regime militar. É este lugar que não pode morrer. Mas neste momento, o SJSP, que há 81 anos luta pela categoria, está ameaçado.
Como é o financiamento da entidade
Até o início de 2017, o sindicato se sustentava basicamente a partir de três fontes de receitas. A distribuição, em média, era: 34% de mensalidades, 30% de contribuição assistencial e 26% de imposto sindical. Os demais 10% eram de entradas diversas. Já então, a direção da entidade buscava aumentar a receita das mensalidades, que representam o apoio voluntário dos jornalistas, e depender menos das outras duas fontes.
A contribuição assistencial, cobrada de todo jornalista não sindicalizado nas empresas onde havia Acordo ou Convenção Coletiva, tinha e tem uma justificativa: todos usufruem dos direitos e conquistas nas negociações com os patrões. Quanto ao imposto sindical, a direção do Sindicato é contra sua cobrança, mas, por causa de grandes dívidas herdadas, relativas ao Plano de Saúde que existiu entre 1999 e 2003, também não havia conseguido abrir mão desses recursos.
A partir da “reforma” trabalhista, com o fim do imposto sindical obrigatório e as mudanças na contribuição assistencial, a receita diminuiu em cerca de 60%. Para evitar um colapso imediato, houve uma redução de mais da metade do número de funcionários no estado, que passou de 29 para 13 ainda em 2017, o que dificulta muito a atuação, principalmente no interior.
A saída é a contribuição dos jornalistas
Para reverter essa situação, é necessário que a própria categoria decida assumir a manutenção do sindicato. Nesse esforço, a atual diretoria criou uma comissão interna especialmente para discutir uma série de iniciativas de arrecadação.
Mas o central é a sindicalização massiva dos jornalistas. Nos últimos anos, mesmo com centenas de novos colegas se associando, também há vários que deixam a entidade. Os motivos variam, mas o principal é o grande número de demissões que tiram do jornalismo, e com isso do sindicato, muitos profissionais.
Ajude a manter essa história de luta viva, fortaleça o Sindicato! Se você não é filiado, associe-se! Se já é, fique atento às iniciativas que serão divulgadas nos próximos meses.
Sindicalize-se pela internet
A sindicalização é simples e rápida, e pode ser feita pela internet:
1 – Preencha e envie a ficha de sindicalização resumida acessando http://bit.ly/sindicalizajornalista
2 – Depois de encaminhar o formulário, o jornalista será contatado pelo atendimento do Sindicato para completar o processo enviando cópia dos documentos necessários (entre os quais RG, CPF, Carteira de Trabalho, diploma, MTb e uma foto 3 x 4).
A mensalidade é de R$ 58 na capital, e de R$ 34 na Grande São Paulo, interior e litoral.
Jornalista sem diploma também pode se sindicalizar
Quem tem MTb, mas não tem diploma de jornalismo, também pode se sindicalizar. Neste caso, é preciso comprovar o exercício da profissão, de forma remunerada e habitual, nos últimos 12 meses.
Benefícios aos estudantes e recém-formados
Estudantes ou recém-formados em jornalismo podem fazer a pré-sindicalização pagando mensalidade com valor diferenciado e aproveitando os mesmos descontos nos convênios de produtos e serviços, e também nos cursos realizados no Sindicato. Basta preencher e enviar a ficha de sindicalização disponível no http://bit.ly/sindicalizaEstudante.
Depois do envio, o Sindicato fará contato para completar a sindicalização. Neste caso, é necessário cópia do RG, CPF, Carteira Profissional, comprovante de pagamento ou declaração de matrícula na faculdade e duas fotos 3 x 4.