Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Na luta, em defesa do salário e emprego – a opinião do Sindicato

Na luta, em defesa do salário e emprego - a opinião do Sindicato


logo_sindicato1

 

Mais do mesmo. A campanha salarial 2015 começou em diversos segmentos da categoria e, lamentavelmente, o patronato repete o discurso da falta de dinheiro para tentar justificar sua oposição a reivindicações essenciais para os jornalistas, como a valorização do salário, o piso estadual unificado e medidas para inibir as demissões. Argumentam com uma suposta crise no setor, provocada pela internet, mas contornam o problema crucial da falta dos investimentos necessários para expandir a atividade jornalística em meio eletrônico.

Esse discurso é falacioso. O que mal se disfarça é a falta de interesse em se fazer jornalismo de verdade. Nas contas das empresas, custa caro apurar informações com correção e profundidade, cumprindo o papel que se espera de órgãos de comunicação. A resposta de parte delas, optando por coberturas altamente editorializadas, opinativas e pouco informativas, com frequência afasta os leitores. Para se defender das críticas às suas posturas editoriais, as empresas são as primeiras a alegar a “liberdade de expressão”, mas omitem que negam aos jornalistas a cláusula de consciência, pela qual o profissional possuiria a “liberdade” de se desvincular de uma matéria que contrarie sua apuração.

Os mesmos pretextos são usados para justificar a onda de demissões. Na prática, as empresas reforçam a exploração do trabalho dos jornalistas, ampliando a pressão sobre os que ficam pelo acúmulo de trabalho. Fazem isso apesar da desoneração na folha de pagamento, que, segundo estudo do Dieese, representou uma redução de 8,5% nos custos das empresas de comunicação, somando-se à expansão da receita publicitária.

Nos primeiros meses do ano, os passaralhos aumentaram e atingiram, pelo menos, 1.084 jornalistas em mais de 50 redações por todo o Brasil, segundo levantamento da Volt Data Lab. Em São Paulo, as demissões foram maciças sobretudo na editora Abril, nos grupos Estado e Folha, no portal Terra e no Valor Econômico.

Nesse cenário, o Sindicato intensifica a luta em defesa dos salários e do emprego. Assembleias nas redações, panfletagens nas empresas, reuniões, rodadas de negociação, idas à Justiça e busca ativa de unidade com os demais sindicatos do ramo – gráficos e administrativos – são a forma para encarar as violências contra a categoria desencadeadas pelos donos dos meios de comunicação.

A campanha salarial está esquentando agora nos setores de jornais e revistas, internet e assessorias de imprensa. Nas próximas semanas, levaremos às redações o desafio de ampliar esta luta pela discussão, pela organização e pela mobilização coletiva, única forma de pressionar as empresas para que consigamos defender nossos salários, empregos e condições de trabalho. Sempre pela unidade na luta.

 

Direção do Sindicato dos Jornalistas Profisssionais no Estado de São Paulo (SJSP)

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo