Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Movimentos sociais retomam Campanha da Constituinte

Movimentos sociais retomam Campanha da Constituinte


 

plenria cut

 

Encontro Nacional em BH aprova realização de assembleias populares por todo o país


Reforma política por meio de uma Constituinte exclusiva do sistema político é hoje uma das reivindicações mais importantes do movimento social organizado. Medida que, uma vez implementada, seria o ponto de partida para o combate efetivo à corrupção em nosso País.

Na última sexta-feira, 4 de setembro, semana em se que completou um ano da realização do Plebiscito Popular – que recolheu mais de 8 milhões de votos “Sim” à Constituinte – as diversas entidades dos movimentos social e sindical que participam da organização e divulgação da campanha, entre elas a CUT -, realizaram o Encontro Nacional e Popular pela Constituinte, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

O Encontro teve o objetivo de retomar e reforçar a organização de comitês populares, de forma a mobilizar cada vez mais pessoas a somarem-se à Campanha.

Na análise de conjuntura foi destacado, especialmente, que a atual crise política e econômica do País é decorrente do retrógrado sistema político brasileiro e de uma política econômica recessiva. Para os movimentos presentes, o desafio é colocar as reformas estruturais na agenda nacional e, para isso, além de ampliar e intensificar a luta é preciso conter a direita. Já nas reuniões em grupos foram discutidos os desafios para a intensificação da Campanha, estratégias, retomada e ampliação dos comitês e formação.

Plenária Final

Diversidade. Esta palavra resume não apenas a representatividade dos movimentos presentes no Encontro, mas também o clima geral que perdurou durante todo o dia, de sol quente e de energia humana. Jovens, mulheres e homens, negros e negras de movimentos do campo e da cidade, vindos de todas as regiões do País, todos em unidade – na pauta e na seriedade das discussões, e também na alegria e descontração trazidas pela música, arte e dança, proporcionadas espontaneamente pelos participantes a cada intervalo.

Foi nesse cenário que a Plenária Final aprovou as estratégias e ações da Campanha da Constituinte para o próximo período. Mais de 800 pessoas dispostas a fazer com que tome corpo novamente, por todo o Brasil.

“Os comitês populares continuam a ser nossa forma de organização de base”, diz Julio Turra, da Executiva Nacional da CUT. “Regionalmente, vamos construir comitês com atividades de formação, de propaganda e daremos a orientação para que sejam realizadas assembleias, convocando associações de moradores, sindicatos, entre outros, para debater o que esperamos de uma Constituinte e qual o conteúdo social que uma constituinte deve ter”, reforça.

“Saímos daqui animados, com muita força para construção de assembleias populares para debater com todo o povo brasileiro, em todos os rincões desse país, que constituinte nós queremos e como vamos construí-la”, comemora Paola Estrada, da Consulta Popular.

Segundo Paola, esta nova conjuntura coloca um desafio muito maior, que é relacionar o tema da Constituinte e da Reforma Política com todos os problemas fundamentais do povo brasileiro que ainda não foram resolvidos, como saúde, educação terra moradia, transporte, direito à cidade, entre tantos outros. “As assembleias populares têm a proposta de construir pela base esse movimento, para que o povo se aproprie desse debate e construa essa relação”, enfatiza Paola.

Julio Turra avalia que “numa conjuntura pautada pela questão da reforma política – que não vai sair de dentro do Congresso – e diante da crise política, social, econômica e institucional no Brasil que se aprofunda, é importante começar esse debate como saída política. Com esse Congresso não dá, a prova está no Eduardo Cunha”, finaliza.


Foto: Lidyane Ponciano

Texto: Paula Brandão – CUT Nacional

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo