Assembleias permanentes e manifestação com faixas dirigidas ao governador Tarcísio de Freitas no dia da reunião geral do Conselho Curador da FPA, 9 de agosto, foram algumas das ações das trabalhadoras e trabalhadores da Rádio e TV Cultura, TV Câmara e Orquestra Jazz Sinfônica que garantiram importantes vitórias. Reajuste salarial e dos tíquetes refeição e alimentação em 5,75% (retroativo a março de 2023) e congelamento do valor pago ao Plano de Saúde Notre Dame, que tem apresentado problemas desde que houve a substituição da empresa Porto Seguro, por meio de licitação. A correção de valores será assumida pela Fundação, sem repasse do custo aos funcionários. Houve reconhecimento que tamanha defasagem salarial não comporta mais descontos. O reajuste salarial será para todos: celetistas, PJs e eventuais.
LIDERANÇA
Liderados pelos Sindicatos dos Jornalistas e Radialistas no estado de São Paulo, os funcionários, verdadeiros construtores do sucesso da emissora de Rádio e TV, da Orquestra Jazz Sinfônica e do Solar Fábio Prado (antigo Museu da Casa Brasileira), por todos os dias colocarem sua força de trabalho a serviço da comunicação pública, também contaram com a atuação da representante dos funcionários Luiza Moraes.
A LUTA CONTINUA
Mas é importante lembrar que o reajuste está longe de cobrir as perdas salariais acumuladas nos últimos anos, que ultrapassaram 50%. Continuaremos lutando para recompor o valor real dos salários e dos vales refeição e alimentação. Também precisamos ter nossos direitos firmados com a assinatura do acordo coletivo determinado pela Justiça na greve de 2016, vencido desde 2020. O número de trabalhadoras e trabalhadores contratados como eventuais e PJs não para de crescer, gerando desigualdades entre pessoas que realizam a mesma função e um passivo trabalhista para a emissora pública. Milhões de reais acabam sendo gastos ao longo do tempo para pagar ações trabalhistas que poderiam ser evitadas. E continuamos sem plano de carreira. Volta e meia alguns tem reajustes e outros não, sempre marcando preferências ao bel prazer dos interesses das chefias.
