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Jornalistas do Uol conquistam Acordo Coletivo

Jornalistas do Uol conquistam Acordo Coletivo

Mobilização dos profissionais e pressão do Sindicato garantiram conquista e ampliação de direitos. Acordo é o primeiro fechado para jornalistas de empresas de internet.


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a direção do Universo on Line fecharam um Acordo Coletivo  de Trabalho (ACT) nesta segunda-feira (29), o primeiro da categoria assinado com uma empresa de internet e que vai garantir direitos na maior redação jornalística do setor no país.  Para a negociação do Sindicato com a empresa, a proposta foi discutida e aprovada previamente pelo conjunto dos jornalistas do Uol, em assembleia no último dia 16. 

A empresa estendia as cláusulas da Convenção Coletiva de Jornais e Revistas da Capital para seus trabalhadores nos últimos anos, mas por liberalidade, sem a obrigação legal de garantir os mesmos direitos e condições. Por isso, o ACT específico era uma reivindicação antiga conquistada agora com a mobilização organizada dos jornalistas e com a pressão do Sindicato.

Os jornalistas do Uol garantiram direitos como o piso salarial, estabelecido em R$ 3.100 para jornada de cinco horas diárias, além de vale-refeição, diária de viagem e seguro obrigatório, entre outros.

Em comparação com a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Internet do Estado de São Paulo (Seinesp), o ACT garantiu não só a obrigação legal do cumprimento de cláusulas como resultou na ampliação de direitos aos jornalistas, entre os quais: licença para adoção, auxílio-creche para filhos e filhas até sete anos de idade, adicional de 40% por acúmulo de função, fornecimento de material fotográfico bem como de equipamentos de segurança nos casos de cobertura jornalística de risco aos profissionais. Confira a íntegra do Acordo Coletivo.

Luta organizada contra a precarização dos jornalistas

A pressão dos jornalistas e a atuação do SJSP têm permitido avanços na empresa nos últimos anos. Um dos marcos na luta por melhores condições no portal foi a mobilização interna no final de 2014 relativa aos profissionais contratados como Pessoa Jurídica (PJs).

Ao mesmo tempo, o Sindicato denunciou a empresa ao Ministério Público do Trabalho (MPT), pois a pejotização é uma forma de burlar as leis trabalhistas. Como resultado da primeira ação movida pelo Jurídico do SJSP, em setembro de 2015 o portal foi obrigado a contratar com carteira assinada 87 jornalistas, dos quais 50 eram correspondentes que prestavam serviço precarizado.

Para a direção do Sindicato dos Jornalistas,  o fechamento do ACT com o Uol reforça a luta da entidade e da categoria por uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com as demais empresas do setor de internet. Há anos o SJSP segue no embate para assinatura de uma CCT para os jornalistas de empresas como a Google, pois até hoje esses profissionais não têm direito a uma representação sindical, nem usufruem dos mesmos benefícios de uma CCT.

Contudo, como os patrões seguem intransigentes quanto a garantidas da legislação da profissão, como a jornada diferenciada, o SJSP segue pressionando pelo reconhecimento dos direitos dos jornalistas de internet.

Terceirização, não!

Apesar do fechamento do Acordo Coletivo, a reforma trabalhista, sancionada pelo presidente ilegítimo golpista Michel Temer (PMDB), entra em vigor a partir de novembro e os jornalistas do Uol estão preocupados com as terceirizações e com outras formas de precarização do vínculo empregatício. 

Por isso, o tema será discutido oportunamente em assembleia no portal e, além disso, o Sindicato realizará, no próximo 21 de outubro, na sede da entidade, um seminário especificamente voltado à discussão dos impactos da reforma trabalhista para os jornalistas.

Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo 

Mobilização dos profissionais e pressão do Sindicato garantiram conquista e ampliação de direitos. Acordo é o primeiro fechado para jornalistas de empresas de internet.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a direção do Universo on Line fecharam um Acordo Coletivo  de Trabalho (ACT) nesta segunda-feira (29), o primeiro da categoria assinado com uma empresa de internet e que vai garantir direitos na maior redação jornalística do setor no país.  Para a negociação do Sindicato com a empresa, a  proposta  foi discutida e aprovada previamente pelo conjunto dos jornalistas do Uol.  

A empresa estendia as cláusulas da Convenção Coletiva de Jornais e Revistas da Capital para seus trabalhadores nos últimos anos, mas por liberalidade, sem a obrigação legal de garantir os mesmos direitos e condições. Por isso, o ACT específico era uma reivindicação antiga conquistada agora com a mobilização organizada dos jornalistas e com a pressão do Sindicato.

Os jornalistas do Uol garantiram direitos como o piso salarial, estabelecido em R$ 3.100 para jornada de cinco horas diárias, além de vale-refeição, diária de viagem e seguro obrigatório, entre outros.

Em comparação com a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Internet do Estado de São Paulo (Seinesp), o ACT garantiu não só a obrigação legal do cumprimento de cláusulas como resultou na ampliação de direitos aos jornalistas, entre os quais: licença para adoção, auxílio-creche para filhos e filhas até sete anos de idade, adicional de 40% por acúmulo de função, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), fornecimento de material fotográfico bem como de equipamentos de segurança nos casos de cobertura jornalística de risco aos profissionais. Confira a íntegra do Acordo Coletivo.

Luta organizada contra a precarização dos jornalistas

A mobilização interna dos jornalistas e a atuação do SJSP têm permitido avanços na empresa nos últimos anos. Um dos marcos na luta por melhores condições no portal foi a ação movida contra o Uol no final de 2014.

O Sindicato denunciou a empresa ao Ministério Público do Trabalho (MPT) por burlar as leis trabalhistas contratando profissionais como Pessoa Jurídica (PJ). Como resultado, em setembro de 2015 o portal foi obrigado a contratar com carteira assinada 87 jornalistas, dos quais 50 eram correspondentes que prestavam serviço precarizado.

Para a direção do Sindicato dos Jornalistas,  o fechamento do ACT com o Uol reforça a luta da entidade e da categoria por uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com as demais empresas do setor de internet. Há anos o SJSP segue no embate para assinatura de uma CCT para os jornalistas de empresas como a Google, pois até hoje esses profissionais não têm direito a uma representação sindical, nem usufruem dos mesmos benefícios de uma CCT.

Contudo, como os patrões seguem intransigentes quanto a garantidas da legislação da profissão, como a jornada diferenciada, o SJSP segue pressionando pelo reconhecimento dos direitos dos jornalistas de internet.

Terceirização, não!

Apesar do fechamento do Acordo Coletivo, a reforma trabalhista, sancionada pelo presidente ilegítimo golpista Michel Temer (PMDB), entra em vigor a partir de novembro e os jornalistas do Uol estão preocupados com as terceirizações.

Por isso, o tema será discutido oportunamente em assembleia no portal e, além disso, o Sindicato realizará, no próximo 21 de outubro, na sede da entidade, um seminário especificamente voltado à discussão dos impactos da reforma trabalhista para os jornalistas.

Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo 

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