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Jornalistas da Editora Três recebem os pagamentos atrasados e greve é suspensa

Redação - SJSP

Os jornalistas da Editora Três, que publica as revistas Istoé, Dinheiro, Motorshow entre outros títulos, decidiram voltar ao trabalho, na tarde da quarta-feira, 18. A paralisação havia começado na segunda-feira, 16. Os trabalhadores decidiram encerrar a paralisação assim que a empresa efetivou o pagamento da maior parte dos salários atrasados. Foi uma vitória dos trabalhadores. “Sem a participação maciça, a união e a determinação dos jornalistas esse resultado não teria sido alcançado”, diz Alan Rodrigues, funcionário da empresa e diretor do Sindicato.

A reunião dos jornalistas também aprovou a continuidade das negociações e a manutenção da assembleia permanente até que a empresa apresente uma nova data para quitar a metade do 13% salário do ano passado e a parcela pretérita do acordo sobre dívidas da empresa com os funcionários – restam três parcelas para quitação total da dívida, que se encerra no final de novembro. A direção da empresa se comprometeu a quitar a parcela em atraso e a cumprir as datas dos pagamentos restantes conforme agendado entre as partes.

A ação dos jornalistas da Editora Três, na difícil situação em que vivem, de precarização de direitos e atraso nos pagamentos, mostrou como a greve é uma ferramenta que deve ser usada em defesa da categoria.“É uma vitória inegável do movimento. Iniciativa que deixa uma mensagem importante para todas e todos da categoria: a luta de classes prossegue mesmo sob o pejotismo”, avalia Paulo Zocchi, vice-presidente da Fenaj. Aqui cabe dizer que 98% dos jornalistas da editora são precarizados como “frelas fixos” e recebem sob apresentação de notas fiscais.

Nas próximas horas, as negociações continuam e a empresa deverá apresentar uma data para o pagamento da parcela em atraso. “O papel do Sindicato é representar e organizar todas e todos os trabalhadores. Essa mobilização histórica representa uma importante vitória na nossa permanente luta por salários, direitos e dignidade”, afirma Thiago Tanji, presidente do SJSP. A luta continua!

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