Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Imprensa Oficial reluta em adotar medidas

Imprensa Oficial reluta em adotar medidas

Na Imprensa Oficial do Estado (Imesp), há, entre os jornalistas e demais profissionais, número considerável de trabalhadores com 60 anos ou mais. A decisão inicial do comitê interno criado para acompanhar o enfrentamento à pandemia de coronavírus colocou em teletrabalho apenas os funcionários com idade igual ou superior a 70 anos, contrariando o próprio decreto do governo estadual sobre o assunto.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) enviou ofício à empresa na quarta-feira, dia 18, com três reivindicações: 1) imediata colocação, em regime de teletrabalho, de jornalistas com idade igual ou superior a 60 anos; 2) colocação, em regime de teletrabalho, de jornalistas que não tenham com quem deixar os filhos menores ou que vivam com pessoas da família na mesma residência em situação de vulnerabilidade à doença; 3) manutenção do trabalho de edição do Diário Oficial – Seção 2 por parte dos jornalistas da Imesp (essa parte do Diário Oficial passou a ir para a paginação sem passar pelos editores).

O presidente da Imesp, Nourival Pantano, entrou em contato com o sindicato e disse que sua grande preocupação era com a publicação regular do Diário Oficial, já que o jornal precisa divulgar as medidas governamentais de combate à disseminação do coronavírus. Comprometeu-se, porém, a liberar para teletrabalho os jornalistas de 60 anos ou mais. Afirmou, ainda, que a decisão de não passar o Diário Oficial – Seção 2 pelos jornalistas era temporária e emergencial. A situação, porém, só foi parcialmente equacionada na sexta-feira (20), com a dispensa de irem à empresa os jornalistas com idade igual ou superior a 60 anos. Na segunda-feira (23), entraram em férias os funcionários que tinham período aquisitivo vencido ou dias de descanso a gozar.

O SJSP entende que a edição do Diário Oficial é um serviço essencial, porque as medidas de governo e dos órgãos sanitários precisam ser formalizadas para ter validade. Há, porém, jornalistas e outros funcionários que não desempenham atividades relacionadas a esse trabalho. No sábado, o governo do Estado decretou quarentena em todo o Estado, estabelecendo que “a circulação de pessoas no âmbito do Estado de São Paulo se limite às necessidades imediatas de alimentação, cuidados de saúde e exercícios de atividades essenciais”.

Diante do novo decreto, caberia à Imesp colocar em teletrabalho ou dispensar de suas atividades, temporariamente, todos os seus empregados não alocados nas tarefas relacionadas à publicação do Diário Oficial. Manter esses profissionais trabalhando vai no sentido contrário ao objetivo de limitar a circulação de pessoas ao estritamente necessário.

Hoje (25), os três sindicatos que representam os trabalhadores da Imesp (Jornalistas, Gráficos e Administrativos) encaminharam novo ofício à empresa, reivindicando formalmente “que todos os trabalhadores da empresa não alocados em atividades essenciais sejam imediatamente colocados em teletrabalho ou dispensados de exercer as suas atividades enquanto perdurar a atual situação emergencial”.

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo