A Fenaj lança nesta quinta-feira (22), o Relatório da Violência contra Jornalistas 2014. O lançamento será em coletiva à imprensa na Sala Belizário de Souza, da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) estará presente no evento representado pelo presidente da entidade, José Augusto Camargo (Guto).
O relatório registra que, em números absolutos, houve uma diminuição dos casos de agressões, em comparação com 2013. O número de assassinatos, no entanto, cresceu, com três casos de jornalistas mortos em razão do exercício profissional. O maior número de violências contra jornalistas e comunicadores ocorreu em manifestações populares.
“O Rio de Janeiro foi escolhido para o lançamento do relatório por ter sido o estado com o caso mais emblemático da violência contra jornalistas, o assassinato do repórter cinematográfico Santiago Andrade”, explica o presidente da Fenaj, Celso Schröder. Santiago trabalhava na Band do Rio de Janeiro e faleceu após ser atingido por um artefato explosivo durante uma manifestação popular, no dia 10 de fevereiro de 2014.
Além deste caso, o relatório registra os assassinatos, também em fevereiro passado, dos jornalistas Pedro Palma, do Rio de Janeiro, e Geolino Lopes Xavier, da Bahia. Em levantamento preliminar, divulgado em novembro passado, a Fenaj identificou 82 casos de violência contra profissionais da comunicação em
Para a Fenaj, as agressões que vitimam os jornalistas são alarmantes e exigem medidas urgentes tanto por parte do Estado brasileiro, quanto das empresas de comunicação. Entre as reivindicações da entidade e dos Sindicatos de Jornalistas constam a definição de um protocolo de atuação das forças de segurança que assegure a integridade física dos profissionais de imprensa, a efetivação do Observatório da Violência contra Jornalistas, a aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei que federaliza as investigações de crimes contra jornalistas e a implementação, pelas empresas de comunicação, do Protocolo Nacional de Segurança, contemplando medidas como o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), e treinamentos para os profissionais que forem submetidos a situações de risco.
Com informações da Fenaj