A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) completa nesta sexta-feira, dia 20 de setembro, 67 anos em defesa do jornalismo. Para comemorar a data a diretoria-executiva irá divulgar nota pública solicitando aos deputados e senadores que intercedam a favor dos interesses dos jornalistas brasileiros, sobretudo que façam pronunciamentos em favor da volta da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, da criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), a instituição do Piso Nacional da categoria, entre outras bandeiras.
A Fenaj solicitará que eles ocupem a tribuna das duas casas legislativas nacionais para lembrar a história de lutas da entidade em defesa do Jornalismo e dos Jornalistas. A orientação que os sindicatos de todo país façam o mesmo em seus Estados.
A FENAJ
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) congrega 31 sindicatos de jornalistas do Brasil. Criada 20 de setembro de 1946, para defender e lutar pelas causas dos jornalistas e do jornalismo brasileiro, a FENAJ tem se empenhado, ao longo de seus 67 anos, para que haja uma comunicação democrática, ética e plural na sociedade brasileira, assim como luta pela valorização da profissão e do profissional jornalista, por meio da regulamentação da profissão.
Com mais de 50 mil jornalistas associados aos seus 27 sindicatos estaduais e quatro municipais, a Federação tem dado demonstrações históricas de preocupação com a liberdade de expressão e de imprensa e com a democracia como valores inalienáveis do cidadão. Mas sem descuidar de sua missão principal: defender o Jornalismo e lutar por melhores condições de vida e trabalho para os jornalistas.
Ao defender o Jornalismo e a exigência do curso superior específico como forma de acesso à profissão, a FENAJ, por conseqüência lógica, protagonizou uma inédita proposta para a qualificação do ensino de Jornalismo, que serviu como referência para a elaboração das diretrizes curriculares para os cursos de Jornalismo, na década de 1990, e voltou a ser referencia no debate recente de atualização destas diretrizes.
Atendendo à reivindicação histórica dos jornalistas organizados, a FENAJ construiu o anteprojeto de lei do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), que chegou a ser apresentado pelo ex-presidente Lula, mas que foi duramente combatido pelas grandes empresas de comunicação.
Nos últimos anos, os esforços dos jornalistas se voltaram para a conquista de um marco regulatório para a comunicação no Brasil e a recuperação da obrigatoriedade do diploma de nível superior para o exercício da profissão, equivocadamente derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais recentemente, a categoria incorporou às suas bandeiras de lutas sindicais a instituição do Piso Salarial Nacional dos Jornalistas, proposta através do Projeto de Lei nº 2.960/11, do deputado federal André Moura (PSC-SE).
O combate à violência contra os jornalistas também está na agenda do dia da Federação. Como ações preferenciais, além das denúncias de cada caso, a FENAJ apoio a federalização das investigações dos crimes contra os jornalistas do Brasil, proposta pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB –RJ). Também propôs à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República a criação de um Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e outros Profissionais da Comunicação.
A Federação tem, ainda, uma atuação internacional destacada há muitas décadas. Ocupou a presidência da Organização Internacional dos Jornalistas, OIJ, na década de 1990. Atualmente ocupa, por meio de seu presidente, Celso Schroder, a vice-presidência da Federação Internacional dos Jornalistas e a presidência da Federação dos Jornalistas da América Latina e Caribe (FEPALC). Também ocupa, por meio da jornalista Beth Costa, a secretaria-geral da FIJ, cargo executivo de grande importância na organização internacional dos jornalistas.
Celso Augusto Schroder.
Presidente.