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EBC: trabalhadores conquistam condições especiais de trabalho na pandemia

EBC: trabalhadores conquistam condições especiais de trabalho na pandemia

Os jornalistas e radialistas da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) na praça de São Paulo dirigiram uma série de reivindicações para a empresa na última sexta-feira (20), organizados na Comissão de Empregados, com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e o Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo. A exigência de adoção de medidas, no combate à propagação do coronavírus, para preservar a saúde e segurança dos profissionais envolvidos na cobertura jornalística diária teve resposta positiva da empresa na segunda-feira (23).

As novas medidas se destinaram à proteção das equipes de reportagem da TV Brasil, uma vez que setores como produção já vinham sendo realizados remotamente após cobranças dos trabalhadores. De acordo com Márcio Garoni, da Comissão de Empregados da EBC-SP, as equipes não trabalham mais externamente, as reportagens estão sendo feitas à distância e as entrevistas são realizadas pela internet. Os repórteres têm gravado de casa e apenas uma repórter tem entrado ao vivo da sede da EBC-SP. “[A adoção destas medidas] É essencial. Os repórteres, por exemplo, estão na linha de frente de um trabalho que também é essencial, e precisam ter a devida segurança e proteção para exercer esse serviço. Muita gente estava preocupada com o possível contágio, e também em levar a doença para casa, por isso foi importante a ação conjunta pra garantir condições mais seguras de trabalho”, afirmou Garoni.

Veja abaixo as condições de trabalho garantidas aos jornalistas e radialistas da EBC-SP:

1. Repórteres e cinegrafistas não devem ir a EBC, com exceção do link. Quando ocorrer gravação externa, assim como já ocorre em outras praças, o carro da empresa sai carregado com os equipamentos, apanha os integrantes da equipe em suas residências, transporta até o local da gravação. Ao final, transporta de volta para as residências e retorna à sede.

2. No caso de link, o repórter se prepara em Home Office e chega na EBC apenas para o link.

3. O vivo pode ser feito por Skype. Caso não seja possível, serão reduzidos o número de funcionários que participam do link. E cumprir a orientação oficial de manter distância de dois metros entre os funcionários.

4. Oferecimento de álcool em gel para os funcionários que estão em atividades que não sejam Home Office.

5. Spray para higienizar microfone e equipamentos de externa.

6. Higienização dos veículos a cada viagem: maçanetas, cintos, painéis.

7. Não são maradas entrevistas, salve exceção, com pessoas do grupo de risco.

8. Evitar marcações em locais com aglomerações. Se possível, sempre marcar em lugares abertos.

9. Não está sendo realizado o formato de povo-fala na rua.

10. Boa parte das entrevistas pode ser feita por WhatsApp ou Skype.

11. Utilização de dois microfones, um para o entrevistado e outro para o repórter para evitar a aproximação do repórter.

A Comissão de Empregados e os Sindicatos acompanham a aplicação destas medidas e outras que possam vir a surgir.

Medida Provisória 927

Na noite de segunda-feira, a direção da empresa disse que poderia vir a adotar pontos da MP entre seus empregados. Os Sindicatos de jornalistas e radialistas de três praças (São Paulo, Rio e Brasília) e a Comissão de Empregados nacional já discutem uma reação. Mais informações em breve.

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