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Demissões na CNN, no Estadão e no UOL: com redações cada vez mais reduzidas, jornalistas são levados ao limite da exploração

Redação - SJSP

Na última terça-feira, 17 de junho, ao menos 20 profissionais da CNN foram demitidos em diferentes praças da emissora. Só em São Paulo, mais de 10 jornalistas perderam seus empregos com o anúncio do encerramento de programas. Em dezembro de 2022, a CNN já havia demitido dezenas de profissionais, extinguindo mais de 100 postos de trabalho no Brasil. No ano seguinte, em 2023, novos cortes atingiram novamente a categoria.

Infelizmente, as demissões coletivas não se restringiram à CNN.  O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) recebeu informações de que “cortes a conta-gotas” vêm sendo realizados no Estadão e no UOL nas últimas semanas. Em ambas as empresas, mais de 10 jornalistas foram dispensados ao longo dos dias.

Quando confrontadas, as empresas jornalísticas recorrem a uma série de justificativas para explicar os desligamentos. Alegam “dificuldades financeiras”, citam a reoneração das folhas de pagamento e prometem ajustar o processo de produção de conteúdo de forma a não sobrecarregar quem permanece nas redações.

Sabemos bem, no entanto, que a realidade é bastante diferente. Beneficiadas por mais de uma década com a desoneração total das folhas de pagamento, as empresas nunca ofereceram contrapartidas concretas em defesa do emprego, mantendo a lógica dos sucessivos enxugamentos e demissões coletivas.

E o que é pior: intensificam, cada vez mais, a cobrança por “resultados”, “cliques” e audiência. Como consequência, assistimos ao adoecimento generalizado da categoria, submetida à exaustão e à contínua corrosão salarial.

É por isso que, além de denunciar os cortes e manifestar total solidariedade aos colegas demitidos, o nosso Sindicato seguirá lutando com ainda mais determinação por campanhas salariais que garantam avanços reais em salários e direitos. Somente a união e o esforço coletivo da categoria serão capazes de enfrentar a intransigência e a insensibilidade dos patrões.

O SJSP já pediu uma reunião com a CNN para discutir as demissões e está à disposição de todas e todos os profissionais para prestar suporte sindical e jurídico.

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