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Comitê de Jornalistas por Democracia e Lula se reúne terça (19)

Comitê de Jornalistas por Democracia e Lula se reúne nesta terça (19)

O Comitê de Jornalistas por Democracia e por Lula Livre se reúne nesta terça-feira (19), às 19h30, no auditório Vladimir Herzog, sede do Sindicato dos Jornalistas, na Rua Rego Freitas nº 530, sobreloja, Vila Buarque, centro da capital paulista.

A iniciativa surgiu a partir da adesão de 50 jornalistas que acreditam que o povo brasileiro tem o direito de dirigir os destinos do país, de defender as leis e as conquistas que garantem a melhora em sua condição de vida, e, para avançar nesse caminho, de ter o nome de Lula na cédula eleitoral em outubro. 

A reunião é aberta a qualquer jornalista que queira se somar a essa luta e os profissionais que quiserem fazer parte do Comitê devem contatar (11) 96029-7769 com Priscilla, ou (11) 97618-4217 com Zé Eduardo.

Comitê de Jornalistas por Democracia e por Lula Livre
Dia: 19 de junho de 2018 (terça-feira)
Horário: 19h30
Local: Auditório Vladimir Herzog – Sede do SJSP
Rua Rego Freitas, 530 – Sobreloja – Vila Buarque – São Paulo – SP (Metrô República)

Confira o manifesto dos jornalistas:

Por que, como jornalistas, defendemos a liberdade de Lula?

Vivemos um momento dramático da vida brasileira: enquanto um dos governos mais corruptos já vistos afunda o país, entregando-o ao grande capital e demolindo direitos sociais e trabalhistas, o maior líder popular da história está injustamente preso, e sua posição se reforça à frente dos demais postulantes à próxima eleição presidencial.

Este é o atual Brasil do Golpe, do Estado de Exceção, da reforma trabalhista e da gestão de “mercado” da Petrobras, que eleva os preços dos combustíveis segundo as cotações internacionais, independentemente do custo de produção e dos interesses da grande maioria do povo brasileiro. O resultado é o aumento da miséria, a decomposição da vida social e o caos que atinge a vida de todos.

Como jornalistas, temos todos os motivos para lutar por liberdade para Lula. Somos uma categoria desde sempre compromissada com a democracia, condição básica para o nosso exercício profissional. Jornalistas tiveram destaque no enfrentamento à ditadura militar, que sufocava a liberdade e também o jornalismo. O mesmo se passou com o golpe de 2016, denunciado por entidades sindicais da categoria, desde o primeiro momento, como uma ação antinacional e contra os direitos sociais.

No atual cenário, chama a atenção o ativismo antidemocrático do Judiciário, com a adoção de posturas claramente políticas no apoio ao golpe e na condenação sem provas do ex-presidente Lula. Neste caso, chama a atenção o processo repleto de excepcionalidades, entre as quais a celeridade: entre a denúncia e a prisão passaram-se apenas 15 meses. Nunca ficou provado qualquer ato ilícito de Lula, nem sequer a posse do imóvel. Fica clara, neste processo viciado, a vontade de impedir a apresentação da candidatura do favorito à próxima eleição.

O mesmo Judiciário atropela a democracia quando viola, em diferentes ocasiões, o sigilo de fontes de vários jornalistas, direito garantido na Constituição e fundamental para o exercício do jornalismo. Nada disso é um acaso. Os mesmos agentes que decidem divulgar ilegalmente gravaçõesfeitas em sigilo de Justiça (algumas das quais gravadas também de forma ilegal, e várias das quais de caráter notadamente pessoal) também dão ordens para a invasão de casas de jornalistas e a violação ilegal de seus computadores e celulares, para rastrear a origem de informações jornalísticas – atitudes que condenamos, porque são próprias de regimes ditatoriais.

Os jornalistas, além disso, são majoritariamente profissionais assalariados de empresas de comunicação, cuja maior parte – sobretudo os grandes conglomerados – não só defende o golpe e o ilegítimo governo de Temer, como advoga firmemente por suas “reformas”, com destaque para a trabalhista. Assim, nossa categoria – e cada jornalista – é vítima de uma ação deliberada para retirar direitos, rebaixar a renda e precarizar as condições de trabalho. Nas negociações coletivas a partir da reforma, com as empresas de Rádio e TV (iniciada em dezembro de 2017) e de Jornais e Revistas (recém iniciada), as empresas agem para piorar o que já é precarizado, e subtrair dos jornalistas direitos como jornada regular de trabalho, assistência do sindicato em caso de demissão, proteção da Convenção Coletiva (piso salarial e demais cláusulas), quinquênio (rádio e TV), diária de viagem (rádio e TV), adicional por acúmulo de função (Jornais e Revistas), limite para publicação de material de fonte externa (Jornais e Revistas), entre outros. A categoria está resistindo, mas as convenções estão em sério risco. Este é o resultado concreto da reforma trabalhista de Temer, que defendemos revogar.

A precarização avança em todas os setores da nossa profissão, seja para os profissionais de assessoria de imprensa (os quais não são reconhecidos como jornalistas por muitas empresas), seja nas chamadas novas mídias. Mesmo os profissionais do setor público veem tentativas de atacar seus direitos.

Aí está o significado político de Lula Livre, pois queremos o direito democrático de que o povo brasileiro possa votar em Lula nas próximas eleições, como é o desejo da maioria da população brasileira. Acreditamos que uma saída política para o Brasil só será possível com eleições democráticas, que exigem a libertação de Lula e a inscrição de sua candidatura na eleição de outubro. É o povo, democraticamente, sem cerceamento de direito e exercendo sua soberania, quem deve escolher um governo para dirigir o país, no caminho de anular todas as medidas golpistas e restituir os direitos trabalhistas e sociais.

Como jornalistas, uma categoria comprometida com o direito social a uma informação honesta, de qualidade, útil para a vida do cidadão e do país, temos todo o interesse em ver Lula Livre.

Comitê de Jornalistas pela Democracia e por Lula Livre”

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