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Campinas: Profissionais da RAC entregam Carta Aberta denunciando irregularidades da empresa

Campinas: Profissionais da RAC entregam Carta Aberta denunciando irregularidades da empresa


Contra desrespeito e exploração da RAC, trabalhadores e trabalhadoras estão em greve desde quarta-feira

Os jornalistas, gráficos e administrativos da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), que publica o jornal Correio Popular, de Campinas, seguem de braços cruzados nesta quinta-feira (29), em protesto contra a falta de pagamento de salários, benefícios e do 13º, entre outras irregularidades cometidas pela empresa.

A greve começou nesta quarta-feira (28) e hoje os trabalhadores e trabalhadoras seguem concentrados em frente à sede da empresa, na Vila Industrial, onde realizam assembleias para definir os rumos do movimento.

Os salários não são pagos há dois meses, os benefícios estão em atraso desde novembro passado e a RAC também deve o 13º de 2016. Além dos atrasos, que vem ocorrendo há um ano e meio, a rede descontou Imposto de Renda em folha, mas não repassou os valores e vários profissionais caíram na malha fina da Receita Federal.

Para denunciar as irregularidades cometidas pela empresa, os trabalhadores também estão entregando uma Carta Aberta. Confira a íntegra.

Carta Aberta à População de Campinas

A Rede Anhanguera de Comunicação – RAC, que há 90 anos publica o Correio Popular, mais importante jornal de Campinas e região, está há um ano e meio sem pagar corretamente os salários e benefícios de seus trabalhadores e trabalhadoras.

As irregularidades nos pagamentos pela RAC se arrastam desde o início de 2016. Contudo, a situação piorou em 2017: os trabalhadores estão há dois meses sem salários; os vales alimentação e refeição estão em atraso desde novembro passado; o último 13º, que a empresa se comprometeu a quitar em quatro parcelas, de janeiro a maio deste ano, também não foi pago.

Como se não bastassem os atrasos de salários e benefícios, a Rede Anhanguera de Comunicação praticou outras irregularidades. A empresa descontou o Imposto de Renda, mas não fez  repasse à Receita Federal, o que fez com que vários trabalhadores caíssem na malha fina.

Os atrasos também se estenderam ao recolhimento do Fundo de Garantira Por Tempo de Serviço (FGTS), e a situação foi normalizada somente depois que a RAC foi autuada pelo Ministério do Trabalho.

Desde o início da crise na empresa, os sindicatos dos Jornalistas, dos Gráficos e dos Administrativos têm procurado o diálogo com a RAC buscando uma solução definitiva para o problema. Mas a única coisa que a rede tem feito até o momento são falsas promessas e acumulado acordos não cumpridos.

Por isso, quando você, cidadão e cidadã, ler os jornais Correio Popular ou Notícia Já, ou o portal RAC ou a revista Metrópole, lembre-se: os conteúdos dessas mídias têm sido produzidos por trabalhadores e trabalhadoras dedicados, que há mais de um ano vivem sob dificuldades financeiras e, na redação, sob muita pressão da empresa.

A sociedade de Campinas precisa saber e estar consciente de que a RAC não dá qualquer valor à dedicação e ao empenho de seus trabalhadores que há anos produzem notícias relevantes para toda a região.

São os jornalistas, gráficos e administrativos que mantêm a credibilidade das mídias publicadas pelo grupo, e não os donos da RAC que exploram e desrespeitam seus trabalhadores e trabalhadoras.

Campinas, 29 de junho de 2017.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo 
Sindicato dos Gráficos
Sindicato dos Trabalhadores Administrativos

Leia também: Trabalhadores da RAC aprovam continuidade da greve em Campinas

Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Foto: Lilian Parise

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