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Após massacre no Hospital Nasser, já são 245 jornalistas assassinados(as) por Israel em Gaza, inclusive 33 jornalistas mulheres, e um na Cisjordânia

Redação

Nesta terça-feira, 26 de agosto, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos (SPJ) condenou veementemente “a política sistemática contínua das forças de ocupação de Israel de atacar jornalistas, matá-los e cometer massacres sucessivos contra eles e suas famílias, o que levou ao martírio de 246 jornalistas e profissionais da mídia”. Esse número diz respeito ao período iniciado em outubro de 2023, e inclui um jornalista da Cisjordânia, Ibrahim Mahameed, assassinado em fevereiro de 2024. Entre as vítimas fatais, são 33 jornalistas mulheres, segundo o SPJ.

Na véspera, Israel assassinou mais cinco jornalistas de uma só vez, ao atacar as instalações do Hospital Nasser, em Khan Yunis. No local, pelo menos vinte pessoas, incluindo um bombeiro e socorristas, foram mortos por um bombardeio direto de Israel, presumivelmente por meio de dois disparos consecutivos do canhão de um tanque. O ataque foi flagrado por uma transmissão ao vivo.

Entre os mortos estavam Mariam Abu Daqqa, repórter da rede Associated Press e colaboradora do Monitor do Oriente (Memo); Hossam el-Masry, fotógrafo da agência Reuters; Mohamed Salama, fotógrafo da Al Jazeera; e Moaz Abu Taha, colaborador da rede NBC. Um quinto jornalista, Ahmed Abu Aziz, veio a morrer posteriormente.

A agência Reuters confirmou que sua transmissão em vídeo, ao vivo do hospital, operada pelo cinegrafista al-Masry, foi subitamente interrompida pelo ataque. Salama, da Al Jazeera, casou-se com a também jornalista Hala Asfour em 2024. Abu Daqqa deixa um filho de 12 anos, retirado de Gaza neste ano, segundo Abby Sewell, da Associated Press.

“A ocupação continua a visar deliberadamente jornalistas palestinos e suas famílias, particularmente na Faixa de Gaza, onde pelo menos 520 jornalistas foram feridos por balas e mísseis israelenses desde 7 de outubro de 2023, enquanto nada menos que 800 familiares de jornalistas foram mortos em Gaza”, diz o SPJ. “Além disso, mais de 800 jornalistas em Gaza continuam a viver em condições de deslocamento repetido do norte para o sul da Faixa, enfrentando dificuldades severas, incluindo falta de segurança devido aos ataques aéreos israelenses em suas tendas, ausência de condições básicas de vida e falta de eletricidade e internet necessárias para continuar seu trabalho”.

O SPJ também reportou, “em cooperação com instituições de acolhimento de presos”, que 206 casos de prisão e detenção de jornalistas pelas autoridades de ocupação israelensesforam registrados desde outubro de 2023.

“Como parte de sua guerra contra a mídia e de sua tentativa de silenciar a verdade, as forças de ocupação israelenses realizaram ataques aéreos e ataques com tanques generalizados que destruíram 115 veículos de comunicação na Faixa de Gaza, abrangendo todos os tipos de veículos. Na Cisjordânia e em Jerusalém, fecharam cinco veículos de comunicação e destruíram ou fecharam 12 gráficas”, relata o SPJ.

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