Nesta quinta-feira, 21 de agosto, a Associação de Correspondentes Estrangeiros em São Paulo (ACE) emitiu nota de repúdio “ao assassinato deliberado dos jornalistas da Al Jazeera em Gaza”, ocorrido no último dia 10 de agosto. A ACE manifesta ainda apreensão frente à “chocante estatística de mais de 200 profissionais da imprensa mortos na região nos últimos anos”, bem como sua “irrestrita solidariedade aos jornalistas que ainda resistem em Gaza, trabalhando sob ameaça permanente não apenas de bombas, drones e mísseis, mas também da fome e da destruição total de infraestrutura”.
Na nota, a ACE destaca que a proibição da entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza (imposta por Israel desde que passou a bombardear e invadir a Faixa, após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023) “obriga a imprensa internacional a depender exclusivamente do trabalho dos repórteres palestinos — profissionais que, com coragem e sacrifício extremos, se tornaram os olhos e ouvidos do mundo”.
Por fim, embora sem citar explicitamente Israel, a ACE exige que seja “imediatamente garantido o acesso da mídia internacional a Gaza, para que a verdade dos fatos não seja silenciada”.
Confira a íntegra da Nota de Repúdio da ACE
Os correspondentes estrangeiros em São Paulo expressam seu horror e repúdio ao assassinato deliberado dos jornalistas da Al Jazeera em Gaza, episódio que se soma à chocante estatística de mais de 200 profissionais da imprensa mortos na região nos últimos anos, que transformou o território em um dos lugares mais letais do mundo para o exercício do jornalismo. Manifestamos nossa irrestrita solidariedade aos jornalistas que ainda resistem em Gaza, trabalhando sob ameaça permanente não apenas de bombas, drones e mísseis, mas também da fome e da destruição total de infraestrutura. A proibição da entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza obriga a imprensa internacional a depender exclusivamente do trabalho dos repórteres palestinos — profissionais que, com coragem e sacrifício extremos, se tornaram os olhos e ouvidos do mundo. Exigimos que seja imediatamente garantido o acesso da mídia internacional a Gaza, para que a verdade dos fatos não seja silenciada. O jornalismo livre é condição essencial para a justiça e para a memória histórica.
São Paulo, 21/8/2025
A diretoria da ACE


