Mesmo diante da recente tentativa de abandono das negociações por parte da empresa, jornalistas e radialistas da TV Fronteira, CBN, G1 e portal de notícias do Grupo Paulo Lima seguem em defesa de seus empregos e direitos. Uma nova audiência de conciliação foi determinada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para sexta-feira (16), às 14h.
Há meses os sindicatos buscam negociar um acordo coletivo que garanta o emprego das cerca de 120 jornalistas e radialistas que trabalham nos veículos de imprensa do Grupo Paulo Lima, que sofrem risco de demissão com o término do contrato de retransmissão de sinal gerado pela Rede Globo firmado para 31 de agosto de 2025.
As reivindicações são garanta estabilidade até o final do contrato de retransmissão e uma cesta de benefícios para quem for demitido(as) a partir de 1 de setembro de 2025.
Esses trabalhadores e trabalhadoras, além de serem contribuintes e movimentarem a região de Presidente Prudente, são profissionais responsáveis por levar informação jornalística a 56 municípios da Região Oeste do Estado de São Paulo.
Intransigência
Uma sessão estava para acontecer no MPT dia 29 de abril. Porém, dias antes a procuradora do Trabalho de Presidente Prudente, Renata Aparecida Crema Botasso, informou a suspensão ante a afirmação da empresa de que não daria mais andamento a qualquer tentativa de conciliação.
Ao informar essa decisão, o Grupo Paulo Lima adotou argumentações infundadas e de cunho antissindical. No comunicado constavam, por exemplo, prints de circulares dos sindicatos aos trabalhadores, acusando as entidades de práticas subversivas, numa interpretação que remete aos tempos da ditadura.
A par dos acontecimentos, na última assembleia as categorias reafirmaram o estado de greve e decidiram conjuntamente: “Demitiu, parou”. Os sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas se preparam para convocar uma nova em breve.


