Luiz Inácio Lula da Silva, um dos principais líderes populares da história do país, confirmou participação no ato em defesa da democracia que será realizado no dia 18 de março, próxima sexta-feira, na Avenida Paulista. O ex-presidente tem sido perseguido pelo Ministério Público de São Paulo e é investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
A confirmação foi dada em coletiva de imprensa realizada pela Frente Brasil Popular em São Paulo que ocorreu na sexta-feira (11), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, na região central da capital paulista.
A Frente, que reúne mais de 60 entidades, dentre as quais centrais sindicais e movimentos sociais do campo e da cidade, foi representada pelo presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, o presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalves, o coordenador estadual da CMP, Raimundo Bonfim, a presidenta da UEE-SP, Flávia Stefany, e dos representantes do Levante Popular da Juventude, Pedro Freitas, e do MST, Mateus Gringo.
Informações foram dadas em coletiva de imprensa realizada pela Frente Brasil Popular em São Paulo – Foto: Dino Santos
Para o ato, que terá concentração a partir das 16h, estão programadas intervenções artísticas, que dialogam com o mote em defesa da democracia, dos direitos sociais e contra o golpe, e serão realizadas ao longo do trajeto, sendo duas no início e uma, ao final, na Praça da República.
Ministério Público
Sobre a manifestação pelo golpe que será realizado no próximo domingo (13), os representantes da Frente reafirmaram que a orientação dada aos militantes é a de não promover nenhum tipo de manifestação na mesma data, além do cuidado para não caírem nas provocações da direita.
Raimundo Bonfim, inclusive, questionou uma declaração dada por Geraldo Alckmin (PSDB), proibindo um ato em defesa da democracia no domingo. “O governador e o secretário estadual de Segurança [Alexandre de Moraes] fizeram um grande estardalhaço sobre um protesto nosso no dia 13. Queria saber quem fez esse pedido, pois nosso movimento não foi”, disse.
Os participantes também falaram sobre o pedido de prisão de Lula feito pelo Ministério Público de São Paulo. “Nossos advogados e outras entidades ligadas ao direito estão estudando tomar as medidas legais cabíveis para que os órgãos internos do Ministério Publico possam fazer um levantamento aprofundado sobre o que foram essas ações”, falou Douglas Izzo. Bonfim emendou afirmando que “esse pedido é um panfleto partidário que não tem nenhum fundamento jurídico e que estão tentando um golpe com aparência de legalidade”. Na manhã de sexta (11), a Frente organizou vigília na Praça da Sé em solidariedade ao ex-presidente.
Escrito por: Rafael Silva – CUT São Paulo
