A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) se reúne na manhã desta terça-feira (12) com o Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de São Paulo (Sindjore) para a terceira negociação da Campanha Salarial 2018-2019. A data base dos trabalhadores e trabalhadoras do setor é em 1º de junho.
A pauta econômica está no centro da discussão desta terceira rodada e os jornalistas reivindicam aumento real de 3%, além da reposição dos salários e benefícios pela inflação, de 1º de junho de 2017 até o último dia 31 de maio, acumulada em pouco mais de 1,7%. Confira a íntegra da pauta.
A bancada dos jornalistas também responderá às empresas sobre as cláusulas sociais que foram debatidas nas duas primeiras rodadas, nos dias 22 e 29 de maio, pois o Sinjore manteve parte dos itens da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), mas excluiu vários outros pontos e não aceitou a maioria das inclusões reivindicadas pela categoria.
Entre as novas cláusulas que os patrões recusaram incluir na CCT estão as que protegem os profissionais contra a reforma trabalhista, como a proibição da jornada 12 x 36 horas, do contrato intermitente e da rescisão por acordo mútuo.
O Sinjore ainda quer excluir a 23ª cláusula da pauta (cláusula 25ª da CCT), que obriga as empresas a mencionar expressamente no contrato de trabalho o nome do veículo ao qual o jornalista está vinculado. O patronato defendeu a mudança alegando que é necessário “se ajustar aos novos tempos”, pois, atualmente, o profissional trabalha para um grupo econômico e não mais para uma empresa ou mídia específica.
Contudo, para a direção do SJSP, a retirada não se trata de “novos tempos”, mas de uma brecha para precarização porque dá margem para obrigar o jornalista a trabalhar para diferentes veículos e plataformas de um mesmo grupo de comunicação.
Confira outros detalhes sobre a 2ª rodada de negociação.