A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) recebeu na última terça-feira (28) resposta às reivindicações apresentadas aos diretores do jornal Valor Econômico na mesa de negociação para os demitidos pela empresa, que reúne dois dos maiores conglomerados de comunicação do país, as Organizações Globo e a Folha de S. Paulo.
O Valor Econômico se dispôs a manter o convênio médico dos dispensados até o final do ano, mas se manteve irredutível na proposta financeira da rescisão contratual, apresentada na última reunião do dia 24: 1 salário nominal a mais para os jornalistas com até 5 anos de redação; 1,5 salários para os que tiverem de 5 a 10 anos e 2,5 para os com mais de 10 anos.
Até o momento, a empresa não apresentou o número oficial de jornalistas demitidos, que deve ficar entre 25 a 28 profissionais em São Paulo de um total de 180 profissionais que trabalham no Valor Econômico e não marcou as datas das homologações que serão realizadas no Departamento Jurídico do SJSP para os que possuem mais de 1 ano de empresa.
Na reunião de emergência ocorrida no dia 24 último por solicitação do SJSP, a direção da entidade lembrou aos representantes do Valor Econômico que os jornalistas estão em Campanha Salarial e insistiu de que as demissões não deveriam ocorrer neste período. A empresa assegurou que os índices obtidos na Campanha serão repassados aos demitidos depois da assinatura do acordo.
Para o presidente do SJSP, José Augusto Camargo (Guto), o fato da empresa ter apresentado imediatamente propostas de indenização aos demitidos é um reflexo das vitórias da entidade, que arrancou benefícios de outras empresas nos casos de demissão em massa.
