Os jornalistas do Correio Braziliense estão desde terça-feira (1/12) em estado de greve, em protesto contra o atraso na primeira parcela do 13º salário e na luta para garantir o pagamento integral do salário de novembro até sexta-feira (4/12). Caso contrário, os trabalhadores iniciarão paralisação a partir de terça (8/12).
A mobilização da redação tem sido uma constante nos últimos meses, em resposta ao atraso crônico de salários, férias e outros benefícios. A empresa deve aos trabalhadores o pagamento de duas parcelas de um acordo judicial firmado em setembro para o parcelamento dos atrasados. Nos últimos dois meses, o pagamento dos salários foi feito “picado”, no intervalo de vários dias e segundo um escalonamento que, na prática, divide a redação.
O acúmulo desse vultoso passivo trabalhista, se de um lado compromete a saúde da empresa, de outro representa aflição imediata e repetida para os trabalhadores, que têm despesas cotidianas e contas a saldar. Com os salários corroídos pela inflação, ou mesmo reduzidos a pretexto da pandemia, só resta o caminho de lutar.