O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo (ARFOC/SP) repudiam a agressão sofrida pelo repórter fotográfico, William Volcov, da Brasil Foto Press, durante cobertura do Festival das Cores (Holi). O incidente ocorreu no último domingo, dia 28 de agosto, no Parque Villa Lobos, da capital. Mesmo com identificação, ele foi impedido de acessar o espaço em busca de ângulo favorável ao trabalho.
“Fui impedido de fazer meu trabalhos mesmo com identificação. Questionei com quem eu poderia falar para fazer a liberação. Ele falou: “não interessa”. Imediatamente, eu pedi a identificação dele, que disse não ser obrigado a apresentar. Como tinha número na camisa, continuei fotografando o evento. Ele pediu para parar e ameaçou me agredir. Tentei fotografar a identificação dele e ele me deu uma gravata (golpe de estrangulamento). Fui arrastado para dentro do fosso do palco, local onde fui impedido de entrar para fotografar. Perdi o fôlego e quase desfaleci. Por sorte, algumas pessoas presenciaram a cena e fizeram com que ele parasse”, contou Willian. Ele registrou Boletim de Ocorrência (B.O) na Polícia.
“Serão tomadas as medidas judiciais cabíveis ao caso do William, para que tamanho desrespeito contra os profissionais de imagem não se perpetue. Neste último final de semana, tivemos mais duas ocorrências de agressão por parte de seguranças a repórteres fotográficos em outros locais”, disse o presidente da ARFOC/SP, Inácio Teixeira.
Para alertar a sociedade sobre a agressão aos profissionais de imagem em pleno exercício de sua profissão, a ARFOC/SP divulgará, com apoio do SJSP, um manifesto de repúdio contra o episódio, que será distribuído para os organizadores do evento e para Secretária de Segurança Pública. Também exigem a punição dos seguranças agressores que deveriam impedir atos de violência e não protagonizá-los.
Foto: Vanessa Carvalho
