A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo entrou em contato na tarde desta segunda-feira, dia 28, com a Editora Globo para esclarecer os casos de demissões que ocorreram na empresa. A direção admitiu o corte mas não quis informar o total de profissionais que serão dispensados.
A Editora informou que todos os setores serão afetados. Segundo a representante da empresa, a Globo não irá emitir nenhum comunicado oficial sobre o fato.
A justificativa para mais essa onda de demissões, que vem se tornando cada vez comum na imprensa paulista às vésperas do final de ano, é de que a medida faz parte de um programa de reestruturação da empresa visando a reorganização dos trabalhos para o próximo ano. O Sindicato dos jornalistas protesta firmemente contra a posição das empresas que tratam os seus funcionários como meros ‘números” em uma equação financeira.
Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), esta é mais uma manobra das empresas de comunicação que descartam profissionais em troca de lucro e esquecem da qualidade jornalística de seus veículos em detrimento do alto faturamento.
Como o número de demissões não foi informado o Sindicato, mesmo exigindo a rintegração de todos, acompanhará o processo no sentido de preservar os direitos trabalhistas dos jornalistas afetados por mais esse processo de “reestruturação” empresarial.
Folha de S.Paulo
Após a demissão de cerca de 10% da redação ocorrida no dia 10 de novembro, a direção da Folha de S. Paulo alega que não consegue realizar a homologação dos demitidos por falta de agenda do Sindicato. A alegação não procede. O Sindicato já havia reservado espaço no Departamento Jurídico para atender os jornalistas demitidos mas a empresa não entrou em contato e nem enviou os dados necessários, o que obrigou a entidade a adiar o agendamento para a próxima semana.