Após receber várias denúncias de casos de assédio moral na Rede Record em Santos, Bauru e São José do Rio Preto, dirigentes do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, se reuniram, por duas vezes, com a direção da empresa na Capital para exigir o fim dessa prática ilegal, o que não ocorreu.
Entre as queixas dos profissionais está o comportamento autoritário dos gerentes de Jornalismo da emissora nas três cidades, além da capital.
Segundo relatos dos trabalhadores, é rotineira a prática antissindical adotada por eles no ambiente de trabalho – atitudes grosseiras, intimidações, ameaças de demissão e até o uso de palavras de baixo calão.
O secretário do Interior e Litoral, Edvaldo Antonio de Almeida, disse que o Sindicato continuará pressionando a empresa para coibir a intimidação contra os jornalistas. “A prática do assédio moral nos locais de trabalho tem aumentado sensivelmente tanto nas redações da capital como do interior e, atualmente, é uma das principais causas de doenças psicológicas que atingem a categoria, fazendo com que muitos até se afastem da profissão”, argumenta o diretor.
Apesar das tentativas do Sindicato de buscar negociação direta para dar fim ao assédio moral, denúncias continuam chegando à entidade. Diante da continuidade das agressões psicológicas contra os jornalistas, o Sindicato já solicitou uma nova mesa redonda com a Rede Record, mais ainda não obteve retorno da empresa.