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Servidores da capital fazem greve contra reforma da previdência municipal

Servidores da capital em greve contra reforma da previdência municipal

Em Assembleia realizada na frente da Prefeitura de São Paulo, com a presença de cerca de 50 mil pessoas, os servidores públicos do município deliberaram pela continuidade da greve unificada da categoria, iniciada nesta segunda-feira (04). Eles reivindicam a revogação da Lei 17.020/18, que criou a Previdência Complementar SampaPrev e aumentou a alíquota do desconto previdenciário dos trabalhadores de 11% para 14%.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep/SP), 63% dos serviços públicos prestados pelo município paralisaram. “É uma resposta excelente para ser o primeiro dia de greve”, comemorou o presidente do Sindsep/SP, Sérgio Antiqueira.

Nesta quinta-feira (07), os empregados da prefeitura voltam a se reunir em Assembleia Geral, às 14 horas, para deliberar os rumos do movimento grevista pela revogação da reforma da Previdência do Município.

Solidariedade de classe

Após a Assembleia desta segunda, que contou com a solidariedade e a presença de líderes de diversas entidades, entre eles o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Florianópolis (Sintrasem), René Munaro, os trabalhadores fizeram uma passeata até a Câmara de Vereadores, bloqueando as principais vias do entorno.

Nesta terça (05) e quarta (05), ocorrerão atividades de mobilização nas unidades e reunião dos Comandos Regionais de Greve. Na sexta-feira (8), os grevistas farão atos regionais e panfletagem para explicar os motivos da paralisação e pedir o apoio da população à luta pela revogação da reforma da Previdência.

O projeto de lei (PL 621/16) foi aprovado pela Câmara Municipal no dia 26 de dezembro de 2018, durante sessão controversa realizada um dia após o Natal. Num espetáculo de truculência, vereadores se agrediram e homens da Guarda Civil Metropolitana feriram dezenas de manifestantes e dirigentes do movimento sindical. O presidente do Sindsep/SP, Sérgio Antiqueira, foi uma das vítimas.

Confisco de salários

Sancionado pelo prefeito Bruno Covas no dia seguinte à aprovação pela Câmara, o PL foi convertido na Lei 17.020/18, que os servidores municipais lutam agora para derrubar. Eles denunciam que o aumento da alíquota da contribuição previdenciária significa, na prática, o confisco dos salários, das aposentadorias e das pensões dos trabalhadores da prefeitura.  

A nova lei aumenta a contribuição patronal de 22% para 28% e cria um sistema de previdência complementar para servidores com remuneração superior ao teto do INSS (R$ 5,6 mil) contratados a partir de 27 de dezembro de 2018, data em que a lei entrou em vigor.  

Imagem: Sindsep

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