São Paulo registrou 19 casos de violência contra jornalistas em 2019. É o estado mais violento do país com 20,21% das agressões diretas, conforme o relatório Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil – 2019 divulgado nesta quinta-feira (16) pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) (para acessar o relatório, clique aqui).
De acordo com o estudo, o alto índice no estado se repete há seis anos, fazendo da região Sudeste a mais violenta para os profissionais de imprensa. Em 2019, foram 44 ocorrências na região, representando 46,81% das 94 agressões diretas aos profissionais.
As tentativas de descredibilização da imprensa por meio de ataques a veículos de comunicação e jornalistas não foram divididas por região/estado e somaram outras 114 agressões, totalizando 208 ocorrências.
No levantamento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), entre os ataques mais comuns no estado estão censura (5), ameaça (4) e ataques virtuais e violência física (3 casos, cada).
Durante o lançamento do relatório, o presidente do SJSP, Paulo Zocchi, destacou o caso do jornalista Carlos Ratton, que foi ameaçado de morte em dezembro durante a apuração de uma matéria que envolvia a denúncia de fraude na licitação de transporte público no Guarujá (SP) (para ler a nota sobre o caso, clique aqui). Zocchi classificou como grave a situação de ameaça e reiterou que o fato exige das autoridades a adoção de medidas para a investigação e a punição do crime. “É uma situação a qual estamos expostos e nos preocupa porque evidentemente afeta o livre exercício profissional”, ressaltou.
Paulo Zocchi afirmou ainda que, para combater a violência contra os profissionais, o SJSP realiza plantões de atendimento aos profissionais em situações de iminente violência, como atos e manifestações. Além disso, diretores do Sindicato participam dos atos nos quais distribuem panfletos aos repórteres com instruções de como os profissionais devem agir para garantir sua segurança. (para ler a cartilha, clique aqui).