Uma repórter da Rádio Brasil, de Santa Bárbara d’Oeste, sofreu na semana passada um sequestro-relâmpago quando saía do trabalho. A vítima estava numa moto quando foi abordada por um desconhecido que a obrigou a dirigir até a Câmara Municipal, onde foi colocada em um carro onde um comparsa aguardava, e levada até um canavial onde foi abandonada posteriormente.
A jornalista não sofreu outras agressões e não teve nenhum de seus pertences roubados. Os autores do seqüestro-relâmpago disseram que a ação era “um recado para a imprensa de Santa Bárbara”. O presidente da FENAJ, Celso Schröder, cobra das autoridades policiais a investigação do caso e identificação de seus autores. Ele registra que, nos relatórios anuais de violência contra jornalistas, 60%dos crimes envolvem profissionais que cobrem a editoria de política. “Esta violência crescente contra jornalistas evidencia a urgência não só da aprovação do projeto que tramita na Câmara dos Deputados propondo a federalização das investigações dos crimes contra jornalistas, como também medidas das autoridades brasileiras para assegurar o livre exercício da profissão”, destaca. A Regional Campinas do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo acompanhará as investigações do caso e seu departamento jurídico colocou-se à disposição da repórter que sofreu o sequestro. |