Mesmo depois de haver assassinado os principais líderes do grupo palestino Hamas, Yahya Sinwar e Ismail Hanyah (este, em Teerã), e de haver eliminado Hassan Nasrallah e outras lideranças do grupo libanês Hezbollah, as forças armadas de Israel continuam a promover uma sangrenta escalada de ações bélicas na Faixa de Gaza, especialmente no norte; na Cisjordânia; e também em Beirute, Tiro e diversos outros pontos do Líbano. Sucedem-se ataques a escolas, abrigos, equipes humanitárias, crianças.
No campo de refugiados de Jabalya, no norte de Gaza, mais de 150 civis palestinos morreram ou foram feridos como resultado de um devastador ataque aéreo israelense realizado em 24 de outubro contra dez residências familiares. A Defesa Civil de Gaza reportou um “horrível massacre” no local, onde foram atacadas as casas pertencentes às famílias Najjar, Abu Al Ouf, Salman, Hijazi, Abu Al Qumsan, Aqel Abu Rashid, Abu Al Tarabish, Zaqoul e Shaalan.
Na madrugada de 25 de outubro, na cidade de Hasbaiyya, no sul do Líbano, Israel bombardeou deliberadamente um hotel que abrigava diversos jornalistas, matando três deles. Informes iniciais identificaram os jornalistas como os repórtes-cinematográficos Wissam Qassem (TV Al Manar) e Ghassan Najjar e o técnico Mohammad Reda (ambos da TV Al Mayadeen). Vários jornalistas de outros meios de comunicação ficaram feridos.
A ofensiva de Israel contra jornalistas incluiu a recente acusação a um grupo de profissionais da emissora Al Jazeera, do Quatar, que permanece trabalhando no norte da Faixa de Gaza, de serem “terroristas” ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica, outro grupo armado que resiste à ocupação israelense. A Al Jazeera refutou as alegações de Israel.
Já são 42.847 palestinos assassinados por Israel em Gaza, além de 100 mil feridos; mais de 700 assassinados na Cisjordânia; e no Líbano mais de 2,5 mil civis perderam a vida nos bombardeios realizados pela força aérea israelense, que deixaram quase 12 mil feridos até agora.
“Três jornalistas mortos em ataque israelense no sul do Líbano”. Um ataque aéreo israelense matou pelo menos três jornalistas enquanto eles dormiam em suas acomodações no sul do Líbano, numa área afastada do conflito contínuo entre os militares israelenses e o Hezbollah. O ataque aéreo atingiu um hotel em Hasbaiyya que abrigava vários jornalistas por volta das 4h de sexta-feira, 25, matando dois cinegrafistas e um técnico. Reportagem da Agência Anadolu disponível aqui
“Israel é suspeito de usar fósforo branco em soldados da paz da ONU no Líbano”. Relatório do Financial Times descreve uma dúzia de ataques israelenses a forças de paz da ONU no Líbano. Disponível no site Middle East Eye
“Ministério da Saúde de Gaza reporta 38 mortos em ataque a Khan Yunis; IDF invade hospital no norte da Faixa”. Testemunhas oculares disseram que a infantaria entrou em Khan Yunis, apoiada por artilharia e ataques aéreos, enquanto relatos locais disseram que os militares prenderam dezenas em um hospital no norte de Gaza. Reportagem do Haaretz disponível aqui
ONU condena ofensiva de Israel no norte da Faixa de Gaza. Matéria publicada por Veja
Defesa Civil no norte de Gaza anuncia impossibilidade de continuar trabalhando. Confira no Instagram
“Ele sonhava em escapar de Gaza. O mundo o viu ser queimado vivo”. Um vídeo de Shaaban al-Dalou sendo queimado vivo após um ataque israelense em um hospital gerou críticas dos aliados de Israel e destacou a situação das pessoas presas em Gaza. Reportagem do The New York Times
“Israel assassinou 146 médicos em Gaza desde 7 de outubro”. O Ministério da Saúde informou que60% dos medicamentos e 83% dos materiais médicos esgotaram-se durante o genocídio. Matéria da Agência Anadolu disponível aqui
“Na TV israelense, o extremismo reina e o horror de Gaza é completamente ignorado”. À medida que a guerra em Gaza e no Líbano avança, as emissoras de notícias de Israel vão à falência moral: as vítimas palestinas e a destruição em Gaza são inexistentes, os comentadores árabes são excluídos e o porta-voz do Exército tem controle quase absoluto da cobertura. Reportagem do Haaretz
“Eles só entendem a força”: o racismo mortal por trás da política de Israel em relação aos palestinos. A convicção israelense de que o outro lado só entende força militar, tornando a diplomacia e a desescalada irrelevantes, não se deve apenas ao fato de o Oriente Médio ser um bairro difícil. Também se deve em parte ao racismo direto e antigo. Matéria do Haaretz
“Israel levou os escudos humanos a um nível criminoso totalmente novo”. Matéria do site Counterpunch
Genocídio sem hesitação. Artigo publicado em “A Terra é Redonda”