Dirigentes do Sindicato na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego
Jornalistas que trabalham em jornais e revistas no interior avolumam perdas econômicas e sociais a cada dia e o Sindicato dos Jornalistas (SJSP) tem denunciado amplamente a intransigência do representante patronal – o Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (SindJori) -, que se recusa a negociar Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) há mais de um ano!
O Sindicato detalhou a situação em audiência recente com o superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Marcus Alves de Mello, que declarou que a Superintendência atuará para a abertura de negociação. Pedido formal para que o órgão intermedeie inicie negociação já foi protocolado.
O Sindicato também entrou em contato, dia 15 de setembro, com a Federação Nacional de Jornais e Revistas (Fenajore), à qual o SindJori é vinculado, pedindo mesa de negociação.
SindJori enrola
Em julho, o Sindicato pediu, pela segunda vez, intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para início das negociações, com nova negativa do SindJori. O MPT arquivou novamente a solicitação do SJSP, já que, em consequência da famigerada Reforma Trabalhista, a intermediação só é possível havendo concordância de todas as partes envolvidas.
Em setembro do ano passado, o patronal havia mentido descaradamente para o MPT afirmando que as negociações estavam em andamento. Desta vez, em ofício assinado pelo antigo presidente em exercício, Marcelo Batuíra, o SindJori responde ao MPT dizendo que seu vice-presidente não possui poderes para representar a entidade nas negociações coletivas, mas admite que, com autorização dos associados do sindicato patronal em assembleia, em breve as negociações serão iniciadas.
Num segundo ofício ao MPT, o patronal expõe que, em 28 de março, houve a eleição de Evaldo Augusto Vicente como presidente, mas que a entidade patronal está irregular junto ao Ministério do Trabalho.
Ou seja, cada hora é uma desculpa para um sindicato patronal com diretoria e situação cadastral ativa no Ministério do Trabalho e Emprego se negar a negociar e até a estender a CCT anterior enquanto isso não acontece!
Da CCT não abrimos mão!
Enquanto o sindicato patronal enrola e abusa em descaso, jornalistas continuam, desde setembro de 2021, sem piso salarial, reajustes e uma série de direitos, que estariam garantidos numa convenção coletiva.
A insatisfação das(os) jornalistas cresce e a pauta entregue ao patronal em 6 de abril, aprovada em assembleia da categoria, considera o acúmulo de perdas.
No que diz respeito às cláusulas econômicas, reivindicamos a recomposição de 3,74% da inflação do período de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2023 apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 11,90% referente à inflação do período 1º de junho de 2021 a 31 de maio de 2022, retroativo e 3% de aumento real. Além disso, diminuição na defasagem dos vales alimentação e refeição.
Acordos por empresas
Enquanto segue a luta por negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o SindJori, o Sindicato mantém, por meio de suas regionais, a busca por tratativas com empresas do segmento para obter antecipações de reajustes salariais para diminuir o sufoco da categoria.
O Sindicato já fechou acordos coletivos com os jornais Cruzeiro do Sul (Sorocaba), Jornal da Manhã (Marília), Diário da Região (São José do Rio Preto) e com o portal ACidadeOn, abrangendo jornalistas de Araraquara, Campinas, São Carlos e Ribeirão Preto. Além desses, está em curso negociação com o Jornal da Cidade (Bauru).
Alguns acordos incluíram todas as cláusulas da última CCT vigente, garantindo uma série de direitos aos profissionais. “Para o fechamento de todos eles, foi fundamental a participação da categoria em assembleias”, ressalta a secretária do Interior do SJSP, Solange Santana. “Contate a regional do Sindicato!”
Veja qual é a sua regional SJSP
POR REAJUSTE, CONVENÇÃO COLETIVA E DIGNIDADE!!