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Militares de Israel revelam ter recebido ordens para atirar em moradores de Gaza desarmados e famintos em busca de ajuda humanitária

Redação - SJSP

Oficiais e soldados do Exército de Israel (IDF) relataram ao jornal Haaretz que receberam ordens de atirar contra multidões desarmadas perto de locais de distribuição de alimentos em Gaza. Centenas de palestinos já foram assassinados em tais circunstâncias, levando a Promotoria Militar de Israel a pedir a apuração de possíveis crimes de guerra.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), e o ministro da Defesa, Israel Katz, rejeitam as acusações feitas por esses militares.

Nas conversas com oficiais e soldados, o Haaretz apurou que os comandantes ordenaram que as tropas atirassem nas multidões para afastá-las ou dispersá-las, mesmo estando claro que elas não representavam nenhuma ameaça. Um soldado descreveu a situação como um “colapso total dos códigos éticos” das autodenominadas “Forças de Defesa de Israel” (IDF) em Gaza.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, a contar do dia 27 de maio, 549 pessoas foram mortas perto de centros de ajuda e em áreas onde moradores esperavam por caminhões de comida da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 4 mil outras foram feridas. Contudo, segundo o jornal israelense, o número exato de mortos ou feridos pelas IDF ainda não está claro.

Em apenas duas semanas, enquanto paralelamente desfechava uma onda de ataques “preventivos” e sem justificativa ao Irã, Israel assassinou 994 palestinos(as) em Gaza, como destacou o jornal El País na sua edição de 26 de junho. “O cessar-fogo entre Israel e Irã imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump voltou a lançar luz sobre o enorme grau de violência cotidiana que vive a Faixa de Gaza”, disse o diário espanhol.

Depois de 630 dias de genocídio, o número oficial de vítimas fatais palestinas em Gaza já ultrapassa 56 mil. Já se sabe que há dezenas de milhares de pessoas mortas sob escombros e que portanto o número total de vítimas fatais é bem maior que este. No entanto, nos últimos dias, instituições e pesquisadores vêm apontando que a cifra real pode ser de mais de 300 mil pessoas assassinadas por Israel desde outubro de 2023.

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