Está marcada para a próxima quarta-feira, dia 1º, reunião de mediação para Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de jornais e revistas do interior, litoral e Grande SP, convocada pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a pedido do Sindicato dos Jornalistas (SJSP). O Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (SindJori) e a Federação Nacional das Empresas de Jornais e Revistas (Fenajore) – à qual o SindJori é vinculado – foram notificados.
A reunião será às 9h, por videoconferência, por meio da plataforma Jitsi Meet.
Abuso patronal
Com data-base em 1º de junho, a última CCT do segmento foi assinada em setembro de 2021. Há 18 meses que o Sindicato dos Jornalistas reivindica negociação de uma nova CCT ao SindJori que, abusando da intransigência, se nega até mesmo a estender a convenção anterior.
O resultado são as datas-bases de 2022 e 2023 sem negociação até agora, o submete a categoria a ficar sem piso salarial e sem a garantia de vários direitos!
“Temos expectativa de eliminar o impasse e, finalmente, iniciarmos as negociações, porque a categoria já não suporta mais. As entidades patronais estão cientes da pauta, que considera o acúmulo de perdas, e que foi enviada pelo SJSP ao SindJori no dia 6 de abril”, esclarece a secretária do Interior do SJSP, Solange Santana.
Leia a pauta aqui.
Perdas se acumulam
No que diz respeito às cláusulas econômicas, reivindicamos a recomposição de 3,74% da inflação do período de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2023 apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 11,90% referente à inflação do período 1º de junho de 2021 a 31 de maio de 2022, retroativo e 3% de aumento real. Além disso, diminuição na defasagem dos vales alimentação e refeição.
Insatisfação cresce
É insustentável a condição a que estão submetidos(as) jornalistas que atuam em jornais e revistas de todo o interior, litoral e Grande São Paulo. Profissionais que tiveram papel essencial durante a pandemia vivem meses com salários defasados e encaram crescente precarização criminosa por parte dos patrões.
A categoria exige respeito e precisa de convenção coletiva que assegure reajustes, pisos salariais e direitos.